Sindicato de SP convoca funcionário da Nossa Caixa para a luta

Para esclarecer dúvidas, debater a abertura do processo de aquisição da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil e pensar em ações que garantam os direitos e os empregos dos trabalhadores do banco estatal, foram realizadas plenárias em todas as regionais do Sindicato. Somente na Regional Sul a plenária será realizada na próxima quinta-feira.

Durante o encontro, que aconteceu na quinta, dia 29, os dirigentes sindicais ressaltaram a importância da luta e da mobilização para os funcionários. “O bancário da Nossa Caixa precisa ficar atento. Ao contrário do que alguns imaginam, este processo pode ser muito sofrido”, alerta a diretora do Sindicato Raquel Kacelnikas. “Os bancários e seus familiares devem saber que pode haver perdas, graves conseqüências, com a venda. Não existe, ainda, nenhuma garantia de que os empregados da Nossa Caixa serão assimilados todos com os mesmos direitos que os do Banco do Brasil”, afirma Raquel.

O diretor do Sindicato Antonio Sabóia destaca que nem a venda está concretizada. Os bancos privados estão fazendo lobby para que a Nossa Caixa seja privatizada e vendida em leilão. “Por isso, é preciso dar as mãos, mais do que nunca unir forças e lutar pela preservação dos empregos e direitos”, ressalta. “Tudo o que o funcionalismo está sofrendo é resultado da precarização do banco imposta pelo governo tucano há anos e a forma de reagir a isso é com organização e mobilização”, completa Sabóia.

Ações – Durante as plenárias foram expostas as diferenças entre o Banco do Brasil e a Nossa Caixa em relação a plano de saúde, Plano de Cargos e Salários, anuênio e plano previdenciário. Os trabalhadores manifestaram sua indignação com a situação em que o governo do estado colocou o banco e lembraram das afirmações do governador José Serra de não privatizar a estatal.

“Vamos intensificar a campanha em favor da preservação de um banco público no estado e pela preservação dos empregos e direitos, em negociações com o Banco do Brasil e com a Nossa Caixa, para que não haja demissões durante o processo de venda. Buscaremos todas as formas de luta ao lado dos trabalhadores”, relata Tânia Balbino.

Os bancários definiram que o Sindicato deve empreender ações que mobilizem e arranquem o apoio dos parlamentares na Assembléia Legislativa. Além disso, municiar a grande imprensa de informações que contrariem o lobby formado pelos grandes bancos que querem comprar o banco estadual. Também devem ser feitos jornais para orientar e sensibilizar os clientes.

Um grupo de trabalho de funcionários do Banco do Brasil e da Nossa Caixa foi criado para analisar as diferenças entre as carreiras dos bancos, de forma que os representantes dos trabalhadores estejam preparados e se antecipem às eventuais mudanças que possam ocorrer caso a venda aconteça.

As reuniões e plenárias vão continuar de forma a manter os bancários informados, unidos e mobilizados. As serão divulgadas pelo Site e pela Folha Bancária.

Também será realizado um encontro nacional dos empregados da Nossa Caixa, no dia 12 de julho.

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