Sindicato de São Paulo lança nova campanha de combate ao assédio moral

A pressão das empresas para superar metas numa competição desenfreada tem transformado o local de trabalho num ambiente de terror psicológico. Nos bancos, o problema tornou-se crônico, principalmente depois que transformaram os bancários em verdadeiros vendedores de produtos, inseridos dentro de um sistema de punições e recompensas e de extrema pressão para aumentar a produtividade.

Essas microagressões que acabam com a saúde do trabalhador têm nome: assédio moral. Para combatê-lo, o Sindicato está lançando uma nova campanha, com o objetivo de incentivar que vítimas e testemunhas denunciem o assédio moral. O lançamento oficial da campanha será na próxima quarta-feira, dia 13, às 18h30, no Auditório Azul do Sindicato.

“Os bancários estão entre as principais vítimas do assédio moral. Com a crise financeira internacional e as fusões e aquisições no sistema financeiro nacional, os bancos estão aumentando a pressão e as ameaças de demissão tornaram-se uma constante. Por isso, o Sindicato decidiu lançar uma nova campanha para combater o problema. Os bancários vão receber cartilhas, panfletos, adesivos e diversos materiais que explicam o que é o assédio moral e como se defender desse mal que acaba com a saúde do trabalhador”, explica Walcir Previtale, secretário de Saúde do Sindicato.

Walcir destaca que o assédio moral pode ser combatido nos locais de trabalho e que a maneira mais eficaz é a união e a solidariedade dos colegas. “Além disso, o bancário nunca pode deixar de denunciar. O Sindicato está de portas abertas e pronto para agir”, diz.

O conceito – O assédio moral no trabalho não é um fato isolado. A base do problema está na repetição, ao longo do tempo, de práticas constrangedoras e humilhantes. A perseguição também é outra característica. A vítima escolhida, em geral, é isolada do grupo e impedida de se expressar. Sem explicações, passa a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada e desacreditada diante dos pares.

O assédio moral, portanto, se define no tempo e não pode ser diagnosticado imediatamente após a primeira hostilidade. “Não se dar bem com seu superior é normal. O problema é quando a questão se torna pessoal e o empregado se vê discriminado no ambiente de trabalho, sofrendo, constantemente, humilhações”, explica Walcir.

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