Sindicato de Pernambuco reforça combate ao assédio moral

Até o final desta semana, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco apresentará à Superintendência do Banco do Brasil no estado o cronograma de reuniões nas unidades para tratar de assédio moral. O BB é o primeiro na lista do programa de conscientização que está sendo retomado pelas secretarias de Saúde e de Formação da entidade. O processo foi acertado, semana passada, em reunião com o superintendente-adjunto e com a chefia de Recursos Humanos do Banco.
Caixa e BNB também entram no programa. O Sindicato aguarda reunião com a direção local da Caixa para fazer o mesmo.

O Sindicato dos Bancários de Pernambuco é pioneiro no trabalho de combate ao assédio moral na categoria bancária. Em parceria com a Contraf-CUT, federações e sindicatos de bancários, coordenou o primeiro projeto e pesquisa nacional sobre o assunto dentre todas as categorias de trabalhadores no país. A pesquisa revelou que cerca de 40% dos bancários já foram alvo de assédio moral. Pior, apenas uma pequena parcela tem coragem de denunciar. As etapas, resultados de pesquisa e cartilha sobre assédio moral podem ser acessadas em: www.sindbancariospe/assedio/.

Condições degradantes – A prioridade nos bancos federais, segundo o presidente do Sindicato, Marlos Guedes, funcionário do BB, se deve a uma triste constatação: “Apesar de públicos e de apregoarem responsabilidade social, BB, Caixa e BNB têm se comportado como privados, com requintes de hipocrisia. As condições de trabalho são degradantes: sobrecarga, pressão, assédio moral, adoecimento para com seus próprios trabalhadores; péssimo atendimento e desrespeito para com a população usuária. Os bancos vendem uma imagem que não praticam”, critica.

Para ele, o BB é exemplo claro. O Sindicato tem percorrido as unidades do banco na capital e região metropolitana. Em todas, impera o caos. Em dias de maior movimento, o tempo de espera costuma ser de até três horas, como na agência Jaboatão dos Guararapes. Lá, é comum os trabalhadores estenderem jornada até as 22 horas.

“Já que o banco não dá resposta satisfatória para os problemas, vamos criar uma campanha, atribuindo tarjas preta, vermelha, laranja, de cores variadas, para explicitar o grau de dano à saúde física e mental de funcionários e clientes”, avisa Marlos.

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