Em busca de valorização do empregado no Programa de Participação nos Resultados (PPR), o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro de Mato Grosso (SEEB-MT) está realizando uma jornada de lutas nas filiais mato-grossenses do Santander e Real. Os diretores do Sindicato estão percorrendo as agências distribuindo informativos aos bancários e realizando reuniões para discutir o PPR rebaixado oferecido pelo banco aos trabalhadores. Ações semelhantes estão sendo realizadas em todo o país.
“Participação nos Lucros e Resultados justa, garantia de que não haverá demissões mesmo com a fusão, assinatura de um termo de compromisso para a manutenção do patrocínio ao HolandaPrevi e Bandeprev, unificação do valor do auxílio-academia, reajuste no abono indenizatório e globalização dos direitos são pontos que ainda têm resistência do banco. Essa jornada de lutas é uma forma de pressionar a direção do Santander a garantir nossos direitos e benefícios. Precisamos de uma proposta que valorize os 55 mil trabalhadores do Santander Brasil”, afirma o funcionário do Santander oriundo do Real, presidente do SEEB-MT e coordenador da Comissão de Organização (COE) dos Empregados do Banco Real na Fetec/CN, Arilson da Silva.
Após três meses de negociação, o Santander apresentou no dia 22 de dezembro uma proposta de PPR com valores rebaixados. Enquanto a empresa gasta R$ 223,8 milhões com somente 26 executivos, 40 milhões de euros com o patrocínio da Ferrari na Fórmula 1, patrocínio da Copa Libertadores de 7,2 milhões de euros por ano e R$ 1,06 bilhão com a torre do Santander em São Paulo, ele destina aos bancários uma PPR rebaixada de R$ 1 mil. Essa Participação nos Lucros e Resultados foi calculada sobre o balanço de menor lucro.
Por conta dessas discrepâncias de valores e do explícito desrespeito do Santander com seus funcionários, os sindicatos de todo o país estão realizando desde o dia 28 de dezembro uma jornada de lutas na empresa.
No dia 12 de janeiro, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realiza em São Paulo uma Plenária Nacional dos Dirigentes Sindicais do Santander e Real para definir os próximos passos.
