Sindicato de Brasília denuncia problemas e cobra soluções na Ditec do BB

Conforme divulgado nos informativos do Sindicato dos Bancários de Brasília e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), a lateralidade acabou com as substituições no BB, provocando um verdadeiro caos nos locais de trabalho. O assédio moral e o trabalho gratuito aumentaram de forma vertiginosa e o desvio de função se tornou ainda maior, o que, com certeza, contribuirá para o aumento do passivo trabalhista.

Porém, algumas diretorias do BB conseguem agravar ainda mais a situação, deixando cargos gerenciais vagos por vários meses. “O Sindicato tomou conhecimento de administradores que deixaram de tirar férias, pois estão responsáveis por duas ou mais dependências. Esta demora excessiva no preenchimento de vagas sem qualquer justificativa plausível dissemina insatisfação e desmotivação entre o funcionalismo e leva a administração ao descrédito”, denuncia Eduardo Araújo, diretor do Sindicato.

Processo seletivo com base em quê?

Apesar de encontrar amparo regulamentar no LIC 54.5.3.1 item 4, (LIC do QI – Quem Indica), o recrutamento via TAO ocorrido em novembro e dezembro na Ditec para os cargos de Assessor Júnior, Assessor Pleno e Assessor Sênior foi injusto por excluir diversos funcionários competentes no cômputo geral. O normativo abre a possibilidade de comissionamento pelos administradores, de qualquer funcionário da dependência, desde que esteja participando da concorrência, independentemente da posição que se encontre no TAO.
Tendo em mãos tamanho poder de escolha, de até 100% dos funcionários a serem nomeados, alguns administradores aproveitaram para alijar funcionários do processo.

“Reconhecemos que muitos colegas foram nomeados por méritos. Mas funcionários ligados a movimentos sindicais, formadores de opinião ou questionadores das políticas de gestão do banco, por exemplo, tiveram pouco ou nenhum reconhecimento no referido processo. Não concordamos com tamanho poder proporcionado às administrações pelo referido LIC, e pedimos sua revisão imediata”, contesta o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto.

O Sindicato vem batalhando pela revisão dos normativos do Banco desde 2005. Em seminário ocorrido em Brasília e em encontro em São Paulo, defendeu a revisão dos normativos do banco, cláusula que constou das questões específicas do acordo daquele ano. E espera que, decorrido esse tempo, o BB, que está revisando os normativos, corrija distorções como estas.

Trabalho quarta-feira de cinzas

Amparado por instruções arcaicas que dão amplos poderes aos administradores, o colegiado da Tecnologia impôs sua vontade e obrigou alguns funcionários dos turnos da noite e da madrugada a cumprirem jornada de oito horas na quarta-feira de cinzas, dia em que a grande maioria do funcionalismo do banco trabalhou apenas seis horas.

A medida do colegiado da Tecnologia do Banco do Brasil contraria a sugestão apresentada pelo Sindicato no último dia 31 de janeiro, que contemplava a redução da jornada de trabalho para todos os funcionários, sem qualquer prejuízo na condução dos serviços. “Atitudes prepotentes, autoritárias e de confronto como essas só encontram respaldo em regimes absolutistas. Mas alguns administradores saudosistas do passado recente, quando serviram a este tipo de administração, teimam em não entender que não há mais ambiente para este tipo de postura”, afirma o diretor do Sindicato Manoel Gomes Pereira.

GT sobre trabalho noturno

Em meados de 2007, por sugestão apresentada pelos delegados sindicais aos integrantes do colegiado da Ditec, foi criado o Grupo de Trabalho Noturno, com a finalidade de ouvir os funcionários e elaborar uma proposta visando à revisão e aperfeiçoamento dos critérios existentes sobre o rodízio para os turnos noturnos na Tecnologia. Após sugestões dos bancários, o trabalho final do GT foi encaminhado ao colegiado em setembro de 2007. Mas até agora não foi dado nem aos integrantes do GT nem aos bancários retorno conclusivo sobre a aceitação ou não das sugestões apresentadas. O Sindicato pede mais celeridade no assunto.

Acesso livre às dependências da Gepro e Gepla

O Sindicato está acompanhando de perto e cobra solução do colegiado da Tecnologia para a retirada das catracas do corredor que dá acesso à Gepro e à Gepla, uma reivindicação antiga dos funcionários.

Trabalho em dia não útil para quem falta na véspera

O Sindicato tomou conhecimento que em duas dependências da Tecnologia (Gepro e Geate) foi criada e está em vigor norma que impede o funcionário de trabalhar em dia não útil desde que este tenha faltado na véspera do feriado. No entendimento do Sindicato, os bancários do BB são regidos por normativos que abrangem a totalidade dos empregados.

“O Sindicato desconhece, nas instruções vigentes, algo que ofereça amparo regulamentar para a adoção destas medidas. Por isso, solicitamos aos gestores das duas dependências que nos aponte o normativo que oferece suporte para tais medidas, caso contrário, solicitamos a imediata revogação das mesmas, bem como a reparação de danos porventura causados aos funcionários”, disse a diretora do Sindicato Mirian Fochi. “E lembramos ainda aos administradores que os normativos devem ser observados por todos os funcionários”.

Retirada de acessos a sites da internet

Os bancários do BB foram surpreendidos com o impedimento de acesso a determinados sites de consultas via internet. O Sindicato tem recebido diversas reclamações de funcionários insatisfeitos com o a adoção destas regras sem a participação ou qualquer aviso aos funcionários.

O Sindicato agendará uma reunião com os responsáveis para solicitar explicações sobre os critérios adotados para adoção destas medidas.

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