O Sindicato dos Bancários de Belo Horzionte comemora nesta quinta, dia 27 de outubro, com muito entusiasmo, 79 anos de luta ao lado dos bancários. Neste mesmo dia, em 1932, se deu o início da história da entidade, quando os bancários de BH e Região, reunidos em assembleia, fundaram a entidade.
A partir de então, a entidade entra definitivamente para o mundo sindical belo-horizontino, de Minas e do Brasil e nunca mais deixa o cenário político, com ações cada vez mais abrangentes.
Os bancários de BH e Região tornam-se cada vez mais atuantes, entrando para a história como participantes ativos do debate em torno de questões fundamentais, como: condições de trabalho, salário, assistência ao trabalhador, cultura, saúde e políticas econômicas e sociais.
O Sindicato já nasce com personalidade e com uma atuação firme em defesa dos direitos da categoria bancária, somando forças às lutas da classe trabalhadora mineira e brasileira. Nesses 79 anos, o Sindicato participou das principais lutas do país e foi protagonista de vários movimentos que mudaram a história nacional, sempre em defesa dos direitos da categoria bancária e do povo brasileiro.
Assim foi durante os difíceis tempos da ditadura militar, quando empunhou a bandeira da redemocratização do país e durante o governo neoliberal de FHC quando foi às ruas contra o arrocho salarial, a recessão econômica, a tentativa de retirada de direitos, o ataque à livre organização dos trabalhadores, a privatização dos bancos públicos e entrega do patrimônio nacional ao capital privado.
Ao completar 79 anos, na condição de terceiro maior sindicato dos bancários do país, o Sindicato é exemplo de luta para o país e se orgulha da sua história vitoriosa construída por uma categoria que faz da coragem e da determinação as principais armas para alcançar importantes conquistas.
79 ANOS DE LUTAS E CONQUISTAS DA CATEGORIA BANCÁRIA
1932 – Surge o Sindicato dos Bancários de BH e Região
1933 – Jornada de 6 horas.
1934 – Primeira greve geral da categoria.
Criação do Instituto de aposentadoria e Pensões dos Bancários.
Estabilidade a partir de dois anos de trabalho.
1961 – Gratificação de caixa.
1962 – Extinção do Trabalho aos sábados
– Jornada de 30 horas semanais.
1964 – 1975: Resistência à repressão, tortura e morte no período da ditadura militar. Entre 1971 e 1975 – intervenção no Sindicato.
1982 – Ajuda transporte e ajuda alimentação.
1983 – Fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
1985 – Caixa: Jornada de seis horas.
Primeira greve com abrangência nacional da categoria bancária.
Criação do Departamento Nacional dos Bancários (DNB).
1986 – Adicional noturno.
Auxílio – creche por 60 meses.
CEF: Direito à sindicalização.
1988 – Auxílio para filhos excepcionais ou portadores de deficiência.
A mobilização da categoria contra a política neoliberal do governo FHC impediu a privatização do Banco do Brasil e da CAIXA.
1989 – Intervalo de descanso para digitadores.
No acordo de 2000, os bancários conseguem incluir explicitamente no texto a bandeira da igualdade de oportunidades. Embora ainda não seja praticada, é um instrumento que possibilita exigir o cumprimento da igualdade dentro do banco, e estabelecer mesas de discussões com os banqueiros.
1990 – Vale-Refeição.
1992 – Primeira Convenção Coletiva Nacional
– Auxílio Creche/Babá
1994 – Vale-alimentação
Mais de dois meses de mobilização foram necessários para a conquista desse direito, que passou a integrar todas as convenções coletivas a partir de então.
1995 – Participação nos Lucros e Resultados (PLR)
1997 – Complemento para afastados
1998 – Comissão Permanente de saúde conclui o Programa de Prevenção, Tratamento e Readaptação de LER/DORT.
– Primeira tentativa de realização de uma mesa única de negociação para a campanha salarial.
1999 -Luta contra privatização
A mobilização da categoria contra a política neoliberal do governo FHC impediu a privatização do Banco do Brasil e da CAIXA.
2000 – Igualdade de oportunidades na Convenção Coletiva.
2003 – Primeira Campanha Salarial Unificada da categoria bancária.
2004 – Aumento Real e retomada das grandes mobilizações.
2005 – Igualdade para companheiros do mesmo sexo.
O BB e a CAIXA aceitam incluir companheiros do mesmo sexo como dependentes no plano de saúde. Após essa conquista, outros banco passaram a incluir companheiros do mesmo sexo nos planos de saúde próprios.
2006 – Fundação da Contraf- CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro)
– Adicional de PLR.
– BB e CAIXA assinam pela primeira vez a Convenção Coletiva
2007 – 13ª cesta alimentação. A campanha salarial de 2007 conquistou a 13ª cesta alimentação, resultado da garra e determinação dos bancários.
2008 – Novo modelo de PLR com 90% do salário mais valor fixo.
2009 – Adicional da PLR: 2% do lucro líquido distribuído de forma linear a todos os trabalhadores, com teto de R$ 2.100.
Banco do Brasil – Implantação do Plano Odontológico sem ônus para os funcionários.
2010 – Reajuste de 16,33% nos pisos (aumento real de 11,54%), reajuste de 7,5% (aumento real de 3,08%) para quem ganha até R$ 5.250 (o que engloba 85% da categoria) e em todas as verbas salariais, incremento na PLR e inclusão na Convenção Coletiva, pela primeira vez, de mecanismos para combater o assédio moral no trabalho. Caixa – PLR social com 4% do lucro distribuído linearmente entre os empregados.
2011 – Reajuste salarial de 9%, PLR de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.400 (reajuste de 27.2%), teto do valor adicional da PLR – que distribui 2% do lucro líquido – para R$ 2.800 (reajuste de 16,7%).
– 12% de reajuste do piso (aumento real de 4,30%).
– Proibição da divulgação de rankings individuais dos funcionários e transporte de numerário por bancários.