O Sindicato dos Bancários da Paraíba fez uma paralisação de advertência na Agência Tambáu, do Banco do Brasil, na manhã desta quarta-feira (28), em protesto contra a pressão, a falta de funcionários e o precário atendimento a clientes e usuários. O ato público, que teve a adesão da sociedade, retardou a abertura do expediente ao público em uma hora. A atividade fez parte do movimento nacional, denominado Acorda BB, desenvolvido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Durante o protesto, os bancários utilizaram carro de som, faixas e Jornal do Cliente, para denunciar as péssimas condições de trabalho dos funcionários que, além de sujeitos à pressão, ao assédio moral praticado através de coação, ameaça de demissão e exigência pelo cumprimento de metas cada vez mais absurdas também são ameaçados por clientes e usuários insatisfeitos com o atendimento dispensado pela instituição bicentenária.
Obrigação de vender produtos e serviços, extrapolação da jornada de trabalho, através de fraude no ponto eletrônico, e a volta da remuneração para os substitutos em cargos comissionados foram outras reivindicações do funcionalismo denunciadas à população.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lucius Fabiani, esclareceu aos presentes que as atividades de mobilização da categoria seguem um cronograma progressivo. “Esta paralisação de hoje, na agência Tambaú, com o retardamento na abertura do expediente em uma hora é apenas uma advertência do que faremos, caso a direção do Banco não atenda as nossas reivindicações. Na próxima semana, vamos paralisar por duas horas as atividades de outras agências, até a diretoria do BB acordar para a realidade”, afirmou.
Fabiani alertou a população sobre a possibilidade de haver greve por tempo indeterminado no Banco, caso a direção da instituição financeira radicalize e se negue a discutir com os funcionários as condições de trabalho e a precariedade no atendimento. “A insistência da direção do BB em realizar um concurso público sem ter chamado os aprovados na seleção anterior, quando as agências estão com os quadros defasados, é uma afronta ao bom senso, à sociedade e ao seu corpo funcional. Portanto, merece uma resposta à altura”, arrematou.
