A fusão do Banco do Brasil com a Nossa Caixa foi no final de 2008. Desde então, mesmo alcançando êxito na solução de questões importantes como os comissionamentos, os funcionários da extinta Nossa Caixa vivem uma novela, com capítulos mais dramáticos a cada dia que afetam seus salários por conta de um tropeço do BB na geração dos holerites.
Pelo quarto mês consecutivo, o setor de folha de pagamento (Fopag) do BB erra no processamento dos holerites (denominado espelho) e os funcionários sofrem com descontos indevidos que chegam a R$ 3 mil. Segundo o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo (Seeb/SP), Antonio Sabóia, o sistema do BB que gera o holerite não reconhece os variados nomes utilizados para descrever descontos e pagamentos como acontecia no extinto banco, por exemplo, o PrevMais.
No último mês, funcionários do CPD da Nossa Caixa se mobilizaram. Com o futuro incerto, eles reivindicaram aproveitamento do quadro funcional pós-incorporação. “Agora que o banco sinalizou uma solução para os trabalhadores, teremos de parar por conta do problema com os holerites? É uma vergonha ter de cruzar os braços por conta de um tropeço do banco no holerite”, diz Saboia.
O diretor solicita com urgência uma reunião com o banco e cobra soluções para resolver a vida de quem teve indevidamente seus salários reduzidos por conta de um erro da instituição financeira. “Queremos resolver o problema”, conclui.