A greve dos bancários entrou no seu 4º dia nesta sexta-feira (09) reforçando o aumento e o compromisso do movimento da categoria em todo o Piauí. Diante do crescente número de bancos fechados, tanto na capital como no interior do Estado, e com base na adesão no Brasil, os dirigentes sindicais estão na expectativa de um chamado por parte dos banqueiros para uma nova rodada de negociação na próxima semana.
Pelo menos foi o que disse o diretor Carlos Arias (Camarão) durante concentração da categoria em frente a Superintendência do Banco do Brasil da Rua Álvaro Mendes, cento comercial de Teresina. “Até hoje o movimento está crescente e esperamos fechar 12 mil agências no Brasil.”
Para não haver desgaste da greve, Carlos Arias foi taxativo ao afirmar que os dirigentes sindicais estão usando o convencimento como estratégia para aumentar a adesão dos colegas bancários ao movimento grevista, esclarecendo a importância de lutar por melhores condições de trabalho e salários. “Sabemos que existem bancários trabalhando sob pressão e não vamos aceitar isso de maneira alguma”, enfatizou.
O sindicalista lembrou que os bancos estão fechando no interior do Estado como efeito dominó, um atrás do outro. “Só assim vamos fechando mais e mais unidades bancárias”, observou Carlos Arias.
“Estamos na expectativa de sermos chamados para uma rodada de negociação na próxima semana”, disse o diretor, mencionando que quando chegar ao décimo dia de greve será o termômetro para que os banqueiros convoquem os bancários para negociar. “Sabemos que há um desânimo e desgaste por parte dos grevistas, mas temos que recarregar nossas baterias e não deixar isso acontecer para que possamos ter êxito ao final do processo”, ponderou Camarão. “Só o fato das agências estarem fechadas já é um grande prejuízo para os banqueiros, ou seja, quando nem um caixa físico tiver atendendo, já vai deixar os banqueiros insatisfeitos porque afeta a imagem do banco”, concluiu.
