Participantes discutiram fortalecimento do banco estatal paraense
A sociedade civil paraense estará mobilizada em defesa do Banpará como banco público, estadual e forte. Essa foi a certeza que ficou após o Seminário em Defesa do Fortalecimento do Banco do Estado do Pará que ocorreu no último sábado, dia 19, no auditório do TRT em Belém. O evento foi uma realização do Sindicato dos Bancários do Pará, Contraf-CUT, Fetec-CUT/CN e Afbepa.
O seminário contou com público formado por bancários da capital e do interior do Estado, urbanitários, servidores públicos, professores, estudantes, blogueiros, além de representantes de centrais sindicais.
Parlamentares de esquerda também contribuíram com o seminário e dispuseram seus mandatos para luta em defesa do Banpará como os deputados estaduais Edilson Moura e Alfredo Costa, ambos do PT, Edmilson Rodrigues (Psol); a vereadora de Belém Milene Lauande (PT) e o deputado federal Claudio Puty (PT).
A atividade também teve a participação de bancários de bancos estaduais de outros Estados como Irinaldo Venâncio de Barros, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionário da extinta Nossa Caixa, que foi incorporada pelo Banco do Brasil durante o último mandato do governador José Serra (PSDB), o que resultou em grandes prejuízos para os bancários da Nossa Caixa; e André Nepomuceno, secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Brasília e funcionário do Banco Regional de Brasília (BRB) que falou das lutas contra a privatização ou incorporação do BRB.
O Banpará foi representado pelo diretor Jorge Antunes, que falou dos projetos da atual diretoria de ampliar a presença do banco no Estado com a abertura de 28 novas agências, de melhorias no sistema tecnológico do banco e de ampliação das contas da instituição, sobretudo com o pagamento de folhas das prefeituras.
Estratégias de luta
O principal objetivo do seminário foi pensar e construir coletivamente estratégias de luta em defesa do fortalecimento do Banpará. Nesse sentido, a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim, destacou que para isso “é necessário uma ampla unidade dos movimentos sociais para uma grande mobilização em torno da defesa do Banpará como banco público, estadual e forte, e o foco do movimento sindical deve ser a luta pela presença do Banpará em todo o Estado, assim como pela melhoria do sistema tecnológico do Banco”.
O vice-presidente da Contraf-CUT, Carlos de Souza, frisou que “a luta pelo fortalecimento do Banpará deve ser nacionalizada, e o movimento sindical bancário deve utilizar para isso os recursos midiáticos para atingir efetivamente a opinião pública”.
Já o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Ronaldo Romeiro, reforçou que “a luta em defesa do Banpará também passa pelo combate ao Projeto de Parceiras Público e Privadas (PPPs) do governo de Simão Jatene (PSDB)”. O diretor da CUT Pará, João Carlos, complementou que “a defesa do Banpará deve ser uma luta de toda a sociedade paraense e, por isso, as diferenças políticas entre os movimentos sociais devem ser superadas”.
Por fim, a diretora do Sindicato e funcionária do Banpará Érica Fabíola ressaltou que “a nossa mobilização deve ser pela afirmação do Banpará como o principal agente de fomento do desenvolvimento econômico, social e cultural do povo do Pará”. Opinião que foi compartilhada pela também diretora do Sindicato e funcionária do Banpará Odinéa Gonçalves, que pontuou ainda que “o fortalecimento do Banpará deve contemplar a valorização do seu funcionalismo”.
Carta aberta
Ao final do Seminário, as entidades organizadoras do evento formularam uma carta aberta em defesa do fortalecimento do Banpará.
Clique aqui para ler a íntegra da carta.