Seminário no Sindicato de Pernambuco analisa saúde dos bancários

(Recife) A cada ano, aumenta o número de bancários vítimas de acidente de trabalho. Em 2006, o Sindicato de Pernambuco emitiu 90 CATs – Comunicações de Acidente de Trabalho. No ano passado, este número subiu para 140. Destes, quase a metade são empregados do ABN. Estes e outros dados serão analisados no seminário LER-Dort no setor bancário . O evento marca o Dia Mundial de Prevenção às LER-Dort, 28 de fevereiro. Será no auditório Marcelo Ferreira, na sede do Sindicato, de 9 às 12 horas.

Presentes, representantes do Sindicato, da CUT – Central Única dos Trabalhadores e dos centros de referência em saúde do trabalhador do Recife e de Jaboatão. “Nossa intenção é apresentar os números e compará-los com o que acontece em outras categorias”, afirma o secretário de Saúde do Sindicato, João Rufino. Também estarão expostas as fotos que compõem a mostra Vivências , que faz parte do projeto Vidaviva, uma rede de sindicatos que atuam na área de saúde do trabalhador. No dia 28, a exposição conta a história de Dona Lió, trabalhadora rural do Vale do São Francisco que perdeu a saúde no trato com as uvas.

Números
Somente entre os trabalhadores que emitiram CAT através do Sindicato, foram 140 acidentados em 2007 – 50 a mais que no ano anterior. Deste total, 49%, ou 70 casos, vêm do ABN. Unibanco e Bradesco assumem a segunda e terceira posição da lista, com 26 e 21 CATS, respectivamente. Mais de 42% das vítimas de doenças ocupacionais são gerentes, ou 60 dentre os 140 casos registrados pelo Sindicato. As mulheres são maioria entre as vítimas, embora a diferença entre os gêneros tenha caído com relação aos anos anteriores: foram 51% de mulheres e 49% de homens.

Nexo epidemiológico
Menos de uma semana depois do evento do Sindicato, a CUT promove dois dias de seminário sobre o nexo técnico epidemiológico e seus impactos no mundo do trabalho. A lei 6.042, que instituiu o conceito de Nexo Técnico Epidemiológico para concessão de benefícios previdenciários de natureza acidentária, completou recentemente um ano de vigência. Significa que, quando a doença do trabalhador se configura como típica da ocupação, a empresa é quem tem que provar que não se trata de acidente de trabalho. O evento propõe-se a analisar os avanços já garantidos e o que falta para ir além.

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