Seminário em Campina Grande mobiliza em defesa da Caixa 100% pública

Empregados com o conselheiro eleito Fernando Neiva em defesa da Caixa

O Sindicato dos Bancários de Campina Grande (PB) realizou na última quarta-feira, dia 4, um seminário com os empregados da Caixa Econômica Federal para debater a abertura de capital do único banco efetivamente público do país. O evento aconteceu no auditório da agência Centro, e teve como palestrante o representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Caixa, Fernando Neiva.

Neiva destacou que a luta contra a abertura de capital será permanente. “A Caixa é do Brasil. Não tem cor de partido, nem de governo. Tudo que temos foi fruto de uma conquista, após muitas lutas. Temos que nos unir e impedir que essa ideia se concretize”, afirmou.

O conselheiro esclareceu aos empregados que os debates não são corporativistas, mas se voltam para o interesse de todos, sobretudo da sociedade. “Como abrir um capital de uma empresa que adota todas as políticas públicas do país? A quem interessa?”, questionou Fernando.

A Caixa se tornou o terceiro maior banco do país e o maior em atendimento bancário. São mais de 4 mil agências, 70 mil postos de trabalho, 3,9 mil contratações nos últimos 12 meses e um lucro de 7,1 bilhões em 2014.

“A Caixa tem que permanecer pública. Temos uma missão social, socioeconômica. Estamos dando conta do recado. Não há embasamento que justifique a abertura de capital”, relatou Neiva.

De acordo com Zilma Salú, diretora do Sindicato e funcionária da Caixa, o sentimento dos empregados é de indignação. “Não entendemos o porquê de o governo ainda não ter se pronunciado. Nada justifica essa abertura. O empregado não pode ficar sem nenhuma explicação”, destacou.

Neiva afirmou que as entidades já cobraram uma audiência com o governo, mas que até agora não houve retorno. “No próximo dia 19 acontecerá a primeira reunião do Conselho de Administração com Dilma e, sem dúvida, iremos tornar a cobrar uma resposta”, explicou.

Rostand Lucena, presidente do Sindicato, lembrou que o momento de se mobilizar é agora. “A abertura de capital interessa apenas ao mercado. Ou partimos pra luta ou eles nos engolem. Continuaremos a defender a Caixa enquanto banco social. Apoiamos uma Caixa 100% pública”, salientou.

A vinda do conselheiro foi mais uma iniciativa do Sindicato para fortalecer as mobilizações em Campina Grande e região. Outras ações estão sendo planejadas para os próximos dias.

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