Cerca de 60 representantes sindicais do setor de serviços, entre eles os bancários, participaram do Seminário A UNI e os Desafios da Organização Internacional. O encontro foi realizado em Florianópolis, entre os dias 20 e 21 de junho, e organizado pelo Conselho de Enlace Brasil, vinculado à UNI Sindicato Global. O secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Ricardo Jacques, representou a entidade no evento.
Foram debatidos temas como o fortalecimento sindical e o compromisso de “romper barreiras” por meio da organização e da união em torno de melhores condições globais de trabalho, tema do 3º Congresso Mundial da UNI que aconteceu em novembro passado, no Japão.
Ricardo Jacques fez uma apresentação sobre o funcionamento do Conselho de Enlace da UNI no Brasil, contando sua história, participantes e ações. Foi exibido um vídeo que fala sobre a organização e o trabalho do Conselho. “Temos realizado um trabalho importante para organizar ações conjuntas dos trabalhadores das diversas categorias filiadas à UNI no Brasil”, destaca o diretor da Contraf-CUT.
Também foram apresentados os trabalhos da Rede de Jovens e da Rede de Mulheres da UNI no Brasil.
Encaminhamentos
O seminário definiu uma série de ações a serem desenvolvidas pelo Conselho de Enlace Brasil. A primeira delas foi a manifestação dos bancários na final da Copa Santander Libertadores, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo (saiba mais aqui). Outra ação definida foi o protesto em frente ao Consulado da Alemanha em apoio aos trabalhadores da empresa alemã Deutsche Telekom, realizado na terça-feira, 28 (saiba mais aqui).
“O seminário foi fundamental para que os trabalhadores pudessem trocar experiências e conhecer melhor o trabalho de cada entidade”, avalia Ricardo Jacques. “Construímos também uma agenda de mobilizações importante que ajudará a organizar as lutas dos trabalhadores do setor de serviços no Brasil”, conclui.
Santander
Durante o encontro foi debatido o plano de ação do Conselho de Enlace Brasil para as empresas multinacionais, onde foi discutida a continuidade da campanha “Santander, respeite o Brasil e os brasileiros”, que tem denunciado a atuação do banco espanhol que tem práticas antissindicais, assédio moral e metas abusivas, além do calote nos aposentados do antigo Banespa.
A pressão é para que o Santander assine um acordo e respeite a liberdade sindical reconhecendo o direito de negociação coletiva e assumindo o compromisso de combate e prevenção de problemas de saúde derivados da atividade laboral, enfrentamento ao assédio moral e sexual, garantia de ausência de discriminação no emprego e a promoção da igualdade de oportunidades. Esses e outros pontos fazem parte do acordo marco assinado pela UNI Américas com o Banco do Brasil, em 30 de maio, que tem validade em todos os países da América onde atua o banco brasileiro.
“As empresas transnacionais devem garantir aos trabalhadores dignidade e igualdade de direitos em todos os países onde atuam”, reforça Mario Raia, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionário do Santander.