Sem segurança, Bradesco é invadido por bandidos armados em Ariranha

A agência do Bradesco de Ariranha foi invadida por três criminosos fortemente armados na tarde desta quinta-feira (18). Sem dispor de equipamentos adequados de segurança, o banco permitiu o livre trânsito dos bandidos: eles renderam o vigilante e pegaram o dinheiro dos caixas. Com a arma apontada para a cabeça de uma funcionária, ainda exigiram a abertura dos caixas eletrônicos.
 
A unidade não possui portas giratórias, apesar dos pedidos insistentes do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região – inclusive via ofício. O prédio possui apenas câmeras de segurança, mas o computador com as gravações, sem qualquer tipo de proteção, foi levado pela quadrilha.
 
“Foi uma ação rápida que colocou em risco a vida de funcionários e clientes”, relata o dirigente sindical Júlio César Trigo (foto), que esteve no local logo após o crime.
 
O Sindicato exigiu do banco o atendimento psicológico para os funcionários e a emissão da CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho para todos os envolvidos. Os funcionários foram dispensados e outra equipe da região foi chamada para encerrar os trabalhos. O setor de Relações Sindicais do Bradesco foi contatado.
 
Sindicato alertou
 
Reportagem divulgada pelo Sindicato dos Bancários no início do mês e reproduzida por vários veículos de imprensa poderia ter servido de alerta ao Bradesco. O texto indicava que “dez agências estão sob risco na região” por não possuírem portas giratórias, tomando como base um levantamento feito pela entidade sindical.
 
Na relação indicada pelo Sindicato, a agência de Ariranha era uma das dez unidades desprotegidas. De lá pra cá, Novo Horizonte ganhou o equipamento, graças à pressão sindical. O perigo, entretanto, persiste em Tabapuã, Uchôa, Ibirá, Urupês, Palmares Paulista, Cândido Rodrigues, Fernando Prestes e Paraíso.
 
Ações na Justiça

O Sindicato irá protocolar ações na Justiça a fim de garantir que os cidadãos estejam protegidos por portas giratórias nas agências da região, caso os ofícios enviados aos bancos sejam ignorados. A informação é do presidente Paulo Franco, que fez tal determinação para a Crivelli Advogados, responsável pelo apoio jurídico.

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