Um funcionário da terceirizada Delta morreu na última terça-feira (16) por falta de atendimento no Rio de Janeiro. Ele passou mal no prédio do Barrosão, com indícios claros de que estava infartando.
Poderia ter sido salvo caso tivesse recebido um socorro imediato. Mas como a diretoria da Caixa Econômica Federal se recusa a instalar um posto de atendimento médico no local, como vem exigindo há anos o Sindicato dos Bancários do Rio e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), o terceirizado teve que esperar para ser levado para o Hospital Souza Aguiar, onde chegou com vida, mas não resistiu e faleceu.
O diretor do Sindicato, Paulo Matileti, acusou a diretoria da Caixa de desleixo com a vida humana. “O que nos revolta mais é que durante anos vimos alertando a empresa de que isto poderia acontecer a qualquer momento. Cobrávamos não apenas o posto de saúde interno, como a disponibilização, pelo plano médico dos empregados, de uma ambulância. Não fomos atendidos em nada, sendo as nossas reivindicações tratadas com toda a frieza”, criticou Matileti.
Redobrar a pressão
O dirigente acusou a Caixa de ser incompetente e não estar nem aí para a vida humana. “Vamos redobrar a pressão para que a empresa atenda a essas duas reivindicações fazendo, inclusive, denúncia pública e ao Ministério Público para que a Caixa atenda às nossas exigências tão antigas”, disse.
Matileti também condenou a Caixa por se negar a atender à reivindicação, também antiga, de que o plano coloque ambulâncias para atender a casos de emergência, como a da secretária da Cipa, Miriam, que passou mal, no dia 12 de abril, com dores abdominais e não pode ser atendida de imediato porque não havia posto médico no Barrosão, nem ambulância.
“Essa situação fez com que nossa colega ficasse um longo tempo sem o socorro necessário. Tivemos que esperar o auxílio de um colega nosso para encaminhá-la a um hospital com o intuito de receber os socorros necessários”, afirmou Matileti.