Poucos foram os avanços na segunda rodada de negociações específicas com o Banpará, que aconteceu na quarta-feira (14). Durante a reunião, o banco apresentou resposta às pendências do Acordo Coletivo de Trabalho 2010/1011, reivindicações essas que estão sendo cobradas na Justiça pelo Sindicato dos Bancários do Pará.
O debate em torno das cláusulas econômicas específicas, previsto para ocorrer na reunião realizada, foi transferido para o próximo dia 21. Isso porque a direção do Banpará aguarda posicionamento da Fenaban para as reivindicações gerais da categoria bancária, o que deve acontecer no dia 20.
As negociações continuam nesta quinta-feira (15). O tema será a implantação imediata do Plano de Cargos e Salários.
Na reunião estiveram presentes pela Contraf-CUT o vice-presidente Neemias Rodrigues e a diretora Rosalina Amorim; pelo Sindicato as diretoras Odinea Gonçalves e Heidiany Moreno; pela Fetec-CUT/CN as diretoras Vera Paoloni e Érica Fabíola; e pela Afbepa as diretoras Kátia Furtado e Cristina Quadros.
O Banpará foi representado pela diretora Márcia Miranda, pelo assessor Edvaldo Caribé e pela superintendente da Sudep Alice Coelho.
Saiba o que o Banpará apresentou às entidades na segunda rodada:
Ponto eletrônico:
O Banpará informou que está encaminhando a implantação do Ponto Eletrônico através de pregão eletrônico (017/2011), e disse que até o dia 30 deverá ser feita a aquisição do sistema tecnológico para viabilização do ponto.
Além disso, o Banco afirmou que até 30 de outubro será feita a compra dos equipamentos (relógio de ponto eletrônico) e que o teste piloto será feito até 30 de dezembro. A implantação efetiva do Ponto Eletrônico no Banpará está prevista para janeiro de 2012.
Cartão de autógrafo digitalizado:
O Banco garantiu ter começado o trabalho de digitalização dos cartões de autógrafos e deu prazo de 90 dias para conclusão do mesmo, tanto na capital quanto no interior do Estado. Segundo os negociadores do Banco, no aviso circular interno do Banpará nº 196/2011 há maiores informações sobre o assunto.
Incentivo à atividade física:
O Banco informou ter negociado com academias de Belém e interior em busca de parcerias para incentivar o funcionalismo a prática de atividades. Mas que nessas negociações o Banco não teve êxito.
Segundo os representantes do Banpará, há o processo nº 1240, onde foi feito um estudo de ressarcimento de valores para os funcionários que estão pagando pela prática de atividades físicas. Esse processo está sendo avaliado pela diretoria do Banpará.
Ainda nesse ponto, o Banco informou que tem sido muito baixa a procura pela terapia holística que está à disposição dos funcionários e que sobram vagas por falta de interesse dos funcionários em realizar uma atividade física.
Segurança bancária (guarda das chaves):
O Banco respondeu a essa pendência do ACT 2010/2012 dizendo ter realizado estudo de viabilidade de contratação de uma empresa para fazer a guarda das chaves das agências e PABs, mas que não possui condições financeiras para implementar tal medida, devido aos altos custos. Dessa forma, as entidades sugeriram que o Banco procure outras alternativas para viabilização da proposta, semelhante ao que ocorre em outros bancos.
Aprimoramento das áreas de engenharia e medicina do trabalho:
O Banco informou que já criou o núcleo específico de segurança, o qual é atrelado diretamente à presidência do Banpará. Em relação à reestruturação e fortalecimento do Sesmt, o Banco disse que fará concursos para médicos do trabalho, engenheiros elétricos e agrônomos, e que haverá contratação de psicólogo para o setor.
Plano odontológico:
Sobre esse ponto, o Banco argumentou, apenas, que irá atualizar a dotação de empresas junto ao mercado para dar início à licitação do Plano Odontológico.
Próximas reuniões:
Nesta quinta-feira, dia 15, está marcada negociação sobre PCS,na Matriz do Banco.
Na segunda e quarta-feira, dias 19 e 21, das 14h às 18h, em duas novas rodadas, serão debatidas todas as demais cláusulas da pauta de reivindicações específica do funcionalismo do Banpará.
Sem preparo
As entidades avaliam que o Banpará não se preparou para a mesa de negociações com o cuidado e a atenção que o funcionalismo reivindica. A avaliação é de que apenas com pressão o banco deve apresentar uma proposta respeitosa e justa com os anseios do funcionalismo.