A diretoria do Sindicato dos bancários de Sergipe (Seeb/SE) questionou à Presidência do Banese, em reunião realizada com o presidente Saumíneo Nascimento e o diretor administrativo Rodrigo Corumba, os reajustes que foram efetuados nas comissões dos baneseanos e a terceirização que vem ocorrendo nos Postos de Serviços – herança da gestão passada.
Rodrigo Corumba explicou que os reajustes das comissões significaram uma atualização no Plano de Cargos e Salários. “O PCS não é uma invenção do patrão. Não deve ser feito de cima pra baixo. É preciso a participação dos trabalhadores e do Sindicato dos bancários de Sergipe. Se for colocado de forma unilateral, não dá certo”, diz Ivânia Pereira, diretora do Sindicato e funcionária do Banese.
As comissões contemplaram cerca de 300 pessoas, mas a maioria dos funcionários não teve nenhum benefício. Ivânia defende a idéia de que seja formada uma comissão paritária, com a participação dos funcionários e do Sindicato. “É preciso constar a visão do trabalhador na análise dessa pirâmide”, acrescenta ela.
Para o Sindicato de Sergipe, a fatia do bolo deve ser dividida para contemplar todos os funcionários. Os caixas e compensadores não receberam nada. “Como a comissão deles é baixa, em relação às demais, se eles fossem incluídos não haveria grande impacto para o banco”, pondera a assessora jurídica do Sindicato, Meirivone Aragão.
Quanto às terceirizações, o presidente do Sindicato dos bancários de Sergipe, José Souza, solicitou que o processo seja suspenso até a próxima reunião, para que a parceria entre Sindicato de Sergipe e Banese, em defesa do banco, não seja abalada. Souza cobrou, ainda, a revisão das transferências que foram efetuadas sem nenhum critério.
Para o diretor da Federação dos Bancários BA/SE, José Américo, o caminho para essa discussão continua sendo o diálogo. “Os funcionários no interior questionaram sobre as comissões, e nós informamos que existe um prazo de carência de três meses, quando serão feitos os ajustes necessários”, acredita.
A próxima reunião entre diretoria do Sindicato de Sergipe e do Banese, para continuação destas discussões e da Minuta Específica dos Baneseanos está marcada para 6 de abril, às 10h.