“Construímos nossa história dentro da história do banco”. Assim o diretor de aposentados do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI), Francisco Reis, resumiu o sentimento de pertencimento e gratidão por fazer parte da história do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), que completou na quinta-feira (19/07) 66 anos de fundação e trabalho em prol o desenvolvimento do nordeste brasileiro. Uma história escrita por cada trabalhador e trabalhadora do banco. Em homenagem e reconhecimento ao banco e seus trabalhadores, o SEEBF-PI, por meio da Diretoria de aposentados, realizou uma confraternização na sede do Sindicato, reunido aposentados e pioneiros do banco no Piauí.
Na abertura do evento foi realizada uma explanação religiosa sobre a parábola bíblica “A figueira estéril”, feita por José Basílio. Momento de reflexão sobre a importância do trabalho como uma forma de semear o bem. Em seguida houve a homenagem em memória de dois colegas que fizeram um importante trabalho de integração e solidariedade dentro do banco – Antônio Cezar de Carvalho Silva e Maria das Dores Pereira Ricardo.
Antônio Cezer trabalhou no BNB do município de Valença (PI), onde fez história e deixou um legado de boas amizades e ações em prol do município, como relata sua nora, Jaqueline Dantas. “Sempre vejo o carinho que o povo de Valença tem por ele. Sempre falou para mim da importância do trabalho no banco, que ele tinha como uma família. Mesmo aposentado, sempre ia ao banco. O BNB era uma família para ele, por isso essa homenagem foi merecida”. O filho de Antônio Cezar, também agradeceu a justa homenagem. “Estou muito feliz com essa homenagem pelo que meu pai representou ao banco e pelo trabalho que ele sempre desenvolveu. Essa homenagem é muito justa e estou grato por isso”, afirmou Cezar Filho.
A outra homenageada da noite, Maria das Dores, foi representada por sua filha, Claudete Pereira, que relatou o orgulho que tem pela história de sua mãe, mulher negra, guerreira e pioneira dentro do BNB de Oeiras (PI). “Maria é uma grande referência, principalmente para mulheres negras. Mesmo onze anos após a morte dela, eu encontro conterrâneas negras que olham para mim e dizem ‘sua mãe foi minha inspiração’. Era muito estudiosa e em 1961 fez o concurso para o banco, o primeiro aberto para mulheres, e entrou junto com mais duas amigas. Essa é a marca da Maria, quebrou vários tabus e preconceitos. Foi uma grande mulher e todos os colegas que trabalharam com ela continuam a admirando”, contou Claudete.
O diretor de aposentados do SEEBF-PI, Francisco Reis, ressaltou a importância desses momentos de reencontro, agradecimento e confraternização. “Quando falo que nós construímos nossa história dentro da história do banco, eu tiro por mim, que eu entrei no banco com 23 anos de idade. Encontrei pessoas, tipo a Maria Silva, que nós homenageamos nesta noite, pessoas que me disseram para saber como pisar dentro da instituição. Sabíamos o que o banco queria de cada um de nós para cumprir com a missão de desenvolver nossa região e assim fomos construindo nossa história junto com a história do banco. Estou muito feliz com a presença dos colegas. Nós aposentados precisamos saber confraternizarmos e quando a gente chamar venha. O sindicato tem o maior prazer em receber”.