(São Paulo) Serão intensificadas as atividades promovidas contra a prática do assédio moral sobre os bancários, uma das categorias que mais sofrem com o abuso. Nesta quarta-feira, dia 19, os funcionários do Unibanco atrasaram a entrada nas principais concentrações da região central da capital paulista, como forma de dizer basta à situação.
O Unibanco está entre bancos mais citados em denúncias encaminhadas ao Sindicato de São Paulo sobre a prática de assédio moral.“O número de denúncias relatando o uso do assédio moral vem aumentando no Sindicato. Os bancários estão cansados de ser vítimas desse abuso e cada vez mais se manifestam para demonstrar que não aceitam esta prática”, disse o diretor de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato, Walcir Previtale Bruno.
Novas manifestações estão programadas para os próximos dias. “É fundamental que os bancários participem das atividades e continuem denunciando os abusos ao Sindicato. Só assim poderemos tornar pública a situação e continuar cobrando dos bancos a extinção dessa ferramenta, utilizada na cobrança do cumprimento de metas de produção cada vez maiores que só contribui para o adoecimento da categoria”, reiterou.
Na mais recente consulta feita pelo Sindicato, 55% dos bancários ouvidos disseram que vivem tensos ou preocupados, 38% dormem mal, 36% sofrem constantes dores de cabeça, 31% sentem tristeza freqüentemente, 25% têm dificuldade de elaborar pensamentos claros, 10% têm falta de apetite, 9% se consideram “inúteis” e 3% têm idéias suicidas.
A campanha contra o assédio moral foi lançada há um mês, durante a conferência “Assédio Moral e Adoecimento Mental nos Bancários”.
Fonte: Elisângela Cordeiro – Seeb SP
