Diretores do Sindicato dos Bancários de Sergipe começaram a fazer visitas às agências do Banco do Estado de Sergipe – Banese – visando intensificar as discussões sobre a minuta específica dos baneseanos. As visitas começaram pelas agências Santo Antônio, na Avenida Simeão Sobral, e Luiz Garcia, na Avenida Gentil Tavares.
O objetivo é enfatizar a importância da minuta para os baneseanos. “Vale destacar a importância da participação dos baneseanos na luta em defesa da minuta específica”, diz José Américo, diretor da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe – Feeb BA/SE – e funcionário do Banese.
A direção do Sindicato pretende desmontar a idéia da diretoria do Banese de que o banco será prejudicado se participar de dois momentos de negociação. “Essa afirmação não é verdadeira. O Banese ficará diferente se não completar a negociação da minuta. Deveria seguir o exemplo do Banpará (Banco do Estado do Pará), que já negociou e assinou a minuta específica”, afirma José Souza, presidente do Sindicato.
Todos os bancos participam da negociação com a Fenaban – Federação Nacional dos Bancos – e da negociação específica, inclusive os privados, porque as questões específicas são discutidas individualmente. “A diretoria do Banco não concorda com a negociação e espalha a informação de que não pode se submeter a dois instrumentos. Ao invés de enfrentar a negociação, que é salutar para a empresa, o presidente do banco (João Andrade) prefere dificultar o entendimento e não negociar”, critica Souza.
Mas os trabalhadores devem continuar exigindo seus direitos. “A campanha salarial dos baneseanos está incompleta. A negociação com a Fenaban tratou das questões gerais. Nós precisamos continuar a negociação das questões específicas”, reforça Ivânia Pereira, diretora do Sindicato e funcionária do Banese.
“O Sindicato continua focado e lutando para negociar a minuta específica, que contém questões decisivas para os baneseanos, a exemplo do Plano de Cargos e Salários (PCS)”, completa Souza.
Na oportunidade, a diretoria do Sindicato parabenizou a participação dos baneseanos na última greve e consultou se era vontade deles que o Sindicato continuasse insistindo na negociação da minuta. “Nós queremos intensificar essa campanha, mas o Sindicato sozinho não faz o movimento. É preciso a participação dos bancários”, destacou Souza.
“A participação dos baneseanos na greve foi muito importante. É preciso que os bancários continuem unidos para não se sentirem ameaçados”, completa Ivânia.