Seeb SÆo Paulo faz um balan‡o sobre 2006

(São Paulo) 2006 foi um ano difícil, mas que trouxe vitórias e avanços significativos para os bancários e para a sociedade. Vamos fazer aqui um breve balanço sobre o que mobilizou a categoria durante o ano, uma forma de marcar e agradecer aos trabalhadores todo o empenho nas lutas propostas pela entidade.

“Cada pequeno avanço só é conquistado com a mobilização dos bancários e das bancárias”, diz o presidente do Sindicato de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino. E toda conquista é importante. “Nosso dia-a-dia consiste em tornar um pouco melhor a vida dos funcionários dos bancos, buscando resolver conflitos, exigindo direitos, acionando a Justiça quando necessário. É uma luta desigual, mas que travamos com prazer porque os trabalhadores merecem”, completa Marcolino.

Cidadania
No campo da cidadania é impossível não comemorar a histórica vitória dos bancários e dos clientes contra os banqueiros. Foram mais de quatro anos de uma campanha capitaneada pelos bancários e pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec). Os bancos foram derrotados e, em plena Copa do Mundo, o povo emplacou uma goleada no Supremo Tribunal Federal que, por 9 votos a 2, determinou que as instituições financeiras devem cumprir o Código de Defesa do Consumidor.

Assédio moral
Foi também em uma outra campanha dos bancários que o assédio moral passou a ser discutido com mais profundidade por toda a sociedade. O tema foi abordado até em telenovelas. E foi com as muitas manifestações dos sindicatos, denunciando a prática abusiva em todos os bancos, que foi conquistada durante a campanha nacional a instalação de um grupo de trabalho para discutir o assunto. Os bancários passaram a ser a primeira categoria a ter o assunto debatido em convenção coletiva.

PLR maior
Em 2006, fruto da pressão da categoria, bancários do Bradesco e do Santander Banespa, passaram a ganhar dois salários de Participação nos Lucros e Resultados. Neste último, pela primeira vez, todos os bancários do grupo receberam a PLR. Mas ainda não era suficiente e, na campanha nacional, depois de muitas manifestações, negociações e greve, foi conquistado um valor adicional à PLR. Outra vitória foi o deságio nas aquisições das instituições financeiras para a distribuição da PLR. No Banco do Brasil e na Caixa Federal, a PLR também aumentou, sendo que no BB foi consolidada a distribuição linear de um percentual do lucro líquido aos seus funcionários.

Mobilização
Esse ano, pode-se dizer que a campanha por melhores condições de trabalho ocorreu de janeiro a dezembro. Foram inúmeras campanhas específicas, manifestações, paralisações até chegar à greve nacional da categoria, cujo resultado é refletido na PLR maior, no aumento real nos salários – pelo terceiro ano consecutivo –, na instalação do grupo de trabalho que discute assédio moral e na retomada de negociações específicas para saúde, segurança e igualdade de oportunidades. Temas que foram elencados pela categoria como prioritários depois de intenso debate, consulta e das conferências estadual e nacional.

Auxílio-educação
Os sindicatos têm insistido para que os bancos dêem condições para que seus funcionários possam se qualificar. A conquista veio nos bancos Safra e J.Safra, em negociações específicas. O que prova que outros bancos podem fazer o mesmo. Também em negociações específicas foram conquistadas a 13ª cesta-alimentação em alguns bancos e também o 14º salário.

Fonte: Jair Rosa – Seeb SP

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