(Cuiabá) O ato realizado em todo o país, no Dia Nacional de Luta por Isonomia nos Bancos Públicos, não foi apenas uma forma de chamar a atenção de bancários e da população para a igualdade de direitos entre os trabalhadores dos bancos federais, mas também um momento para que o movimento sindical se fortaleça e faça com que os funcionários desses bancos possam avançar profissionalmente.
Em Cuiabá, Mato Grosso, os sindicalistas do Sindicato dos Bancários no Estado de Mato Grosso realizaram um ato no início da tarde de desta quinta-feira em frente à Agência Dom Bosco, no centro da capital. Durante a mobilização foram recolhidas assinaturas que irão se somar à de milhares de trabalhadores de todo o país que buscam pelas conquistas relacionadas à verdadeira igualdade entre todos os funcionários de bancos como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o Banco da Amazônia, instituições que possuem agências no Estado.
“As assinaturas recolhidas neste abaixo-assinado serão entregues aos parlamentares da Câmara dos Deputados, a fim de manifestar apoio ao Projeto de Lei 6259/05, que busca a isonomia”, explica o presidente do Sindicato, Arilson da Silva.
As distorções de tratamento entre os bancos púbicos começaram em 1996, período do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, quando foram publicadas as resoluções 9 e 10 da então chamada Comissão de Controle das Estatais (CCE). As resoluções, aprovadas respectivamente em 1996 e 1997, orientavam os administradores das empresas públicas a limitar ao máximo, os gastos com o custeio de pessoal e autorizavam as direções das empresas a ignorar conquistas históricas dos trabalhadores, a partir de novos concursos públicos.
Por essa razão, muitos trabalhadores de bancos públicos passaram a ocupar espaço desfavorável em comparação aos bancários com menos tempo de banco, com tabelas de salários mais achatadas e ainda, perdendo direitos, como licença prêmio e anuênios.
Atualmente, mesmo tendo revertido alguns pontos dessas resoluções durante as campanhas salariais, os bancários dos bancos públicos de todo o país ainda têm muito o fazer para terem asseguradas as conquistas quanto à isonomia de direitos.
Fonte: Neila Gonçalves – Seeb MT