Seeb Brasília faz manifestações no HSBC na Semana Internacional de Lutas

O Sindicato dos Bancários de Brasília realizou nesta quarta-feira 10, dentro do calendário da Semana Internacional de Lutas, uma série de manifestações nas agências do HSBC da W3 Sul e Norte, do SIA (Setor de Indústria e Abastecimento) e do Núcleo Bandeirante contra a onda de demissões e as metas abusivas praticadas pelo banco.
Na terça, o alvo dos protestos foram agências do Itaú e do Unibanco. Na próxima sexta 12, a mobilização será no Santander/Real.

Nos atos, o Sindicato entregou nota à população, expondo as razões dos protestos e esclarecendo dúvidas, e dialogou com os bancários sobre as ações do movimento sindical para barrar a política de desemprego do HSBC. “Fomos bem recebidos tanto por bancários quanto pelos usuários e clientes, o que demonstra o grau de insatisfação de todos para com as medidas adotadas pela direção do banco”, destacou Paulo Frazão, diretor do Sindicato e funcionário do HSBC.

Segundo Raimundo Dantas, também bancário do HSBC e diretor do Sindicato, um dos maiores problemas dos bancários do HSBC na América Latina continua sendo o alto número de demissões, que sobrecarregam os trabalhadores que permanecem na instituição. “Com isso, os bancários são forçados a ampliarem a jornada de trabalho, chegando inclusive a trabalhar aos sábados, enquanto os clientes sofrem com os serviços precarizados”.

A instabilidade dos empregos foi agravada com a crise financeira global, sendo que, em setembro deste ano, o banco anunciou um corte de 1.100 postos de trabalhos em todo o mundo em razão da crise.
A realidade é que os bancários de toda a América Latina estão sofrendo com o desemprego, os dirigentes sindicais continuam sendo perseguidos, além de outras formas de agressão. No Brasil, a política adotada pela instituição afeta diretamente bancários e clientes. Muitos trabalhadores vêm pedindo demissão em função da sobrecarga de trabalho. Um levantamento publicado pelo Banco Central revela que o HSBC encabeça a lista de reclamações contra os bancos. Foram 17.564 reclamações, destacando o mau atendimento e a falta de fornecimento de documentos. Há seis meses, de forma consecutiva, o HSBC mantém-se campeão de reclamações do país.

A postura da empresa é parte de uma política para a região que desrespeita acordos e convenções coletivas, além da própria legislação desses países, como ocorre em muitos casos. A resposta dos trabalhadores precisa vir na forma de organização e mobilizações em todo o continente.

Em face desse quadro, os bancários do HSBC de todos os países construíram eixos iguais para a negociação com o banco, que são: fim das demissões e por mais contratações; condições de trabalho; fim da terceirização; fim das metas abusivas; respeitar a cultura e as leis de cada país (como o pagamento de horas extras); fim do trabalho aos sábados; e redução da jornada de trabalho sem redução salarial.

Além disso, há intenção de agendar uma reunião com o banco para a construção de um acordo marco que permitirá bases mínimas para as negociações de cada país. Nesse sentido, os bancários de Argentina, Uruguai e Paraguai concordaram em assinar carta elaborada pelos dirigentes sindicais brasileiros solicitando a abertura de negociações imediatas com o banco inglês, marcando a articulação por um processo de integração das lutas dos trabalhadores.

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