O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região protocolou, nesta quinta-feira (1), uma denúncia na Secretaria Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais (SRTE/MG) contra a revista diária à qual o Mercantil do Brasil tem submetido seus funcionários. A situação gera perplexidade e mal-estar aos trabalhadores, diante da falta de bom senso e critérios não observados pelo banco.
Para implementar a medida, o Mercantil ignorou os trabalhadores e também as representações sindicais, que em nenhum momento foram consultados. A ordem expressa veio por meio de uma audioconferência, sem obedecer aos preceitos da lei da CLT que rege o assunto e determina que, dentre outras questões, as revistas diárias devem ocorrer com cuidados e limites, sempre respeitando a intimidade, a honra e a imagem dos empregados.
Além disso, antes de tudo, é necessário ter um motivo justo para tal ato. Ou seja, que no estabelecimento ou setor haja bens suscetíveis de subtração e ocultação, com valor material, ou bens que tenham relevância para a atividade empresarial e para a segurança das pessoas.
Para Marco Aurélio Alves, funcionário do Mercantil e diretor do sindicato, “para resolver a questão sobre segurança, o banco teria que, primeiro, acelerar seu cronograma pelo fim do abastecimento de numerário e contratar mais vigilantes bancários. O Mercantil do Brasil também contribuiria melhor para a segurança bancária aprendendo a ouvir e respeitar seus funcionários, clientes e representantes de classe de trabalhadores”.
Já o funcionário do Mercantil do Brasil e diretor do Sindicato, Vanderci Antônio da Silva, destacou que o banco, mais uma vez, ignora os trabalhadores e o Sindicato em relação à segurança bancária. “Exigimos postura e critérios claros do Mercantil em relação à segurança de seus funcionários e clientes, pois entendemos que a vida vale mais que o lucro”, afirmou.