O Saúde Caixa apresentou superávit em suas contas pelo segundo ano consecutivo. No entanto, mesmo com o excelente resultado financeiro, o banco está propondo um aumento no valor da mensalidade dos dependentes indiretos de R$ 100 para R$ 110.
Os representantes eleitos dos trabalhadores no Conselho de Usuários do plano insistiram com o banco para que o aumento fosse descartado, mas a Caixa não voltou atrás. “O aumento não se justifica, mesmo o estudo atuarial apresentado afirma que o equilíbrio do plano não será afetado se não houver aumento”, afirma Plínio Pavão, diretor da Contraf/CUT e empregado da Caixa. “Os representantes dos trabalhadores lamentam a decisão do banco”, diz.
O reajuste não atingirá as demais contribuições feitas pelos usuários ao Saúde Caixa (2% do salário e 20% de participação no valor de cada procedimento) nem o teto anual para a participação (que continuará em R$ 2.400).
A proposta inicial da Caixa era aumentar a mensalidade do dependente indireto para R$ 130,00. Os representantes eleitos do Conselho de Usuários, a partir da análise do relatório atuarial que aponta um superávit de aproximadamente R$ 20 milhões, propuseram a não aplicação de reajuste e o agendamento, até abril de 2009, de reunião de negociação entre a Caixa e a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa da Contraf/CUT (CEE Caixa) para avaliar o formato do plano e propor eventuais aperfeiçoamentos, além de analisar os números e propor destinação ao superávit.
Em 2007 o Saúde Caixa apresentou resultado positivo de R$ 9 milhões. Esse valor foi destinado à composição do fundo de reserva, que deve ser de 5% do total das contribuições, faltando aproximadamente 2,5% para sua integralização. Foi então negociado que o fundo de reserva seria integralizado até 2012, com o incremento de 0,5% ao ano. “Com o resultado do exercício 2008, foi possível compor integralmente o fundo e ainda resta um bom valor, portanto entendemos que não deveria ocorrer o reajuste”, acrescenta Pavão.