Santander revela programa de recrutamento; bancários cobram mais empregos

Os representantes dos bancários cobraram mais empregos do Santander, sobretudo na rede de agências, durante reunião ocorrida na tarde desta segunda-feira, dia 2, em São Paulo, quando o banco espanhol apresentou alguns números do Carreiras Santander – Programa de Recrutamento Interno.

O banco possui atualmente 130 vagas disponíveis para funcionários e estagiários, que se encontram no Portal RH. O trabalhador não precisa de autorização para se inscrever para a função a que tem interesse, mas o banco recomenda a comunicação ao gestor. A atualização das vagas é semanal.

Participaram da reunião dirigentes da Contraf-CUT, Sindicato dos Bancários de São Paulo, Fetec-SP, Feeb SP-MS, Feeb RJ-ES e Fetec-CN. O encontro havia sido agendado por ocasião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT).

O banco disse que até maio de 2009 tinha vários programas de recrutamento e seleção, como o Banco de Oportunidades (BO), Venha Trabalhar na Rede, Recrutamento Interno (RI) e Recrutamento Externo (RE). Em agosto de 2009 foi lançado o Carreiras Santander, buscando a valorização dos talentos internos, o conhecimento da cultura do anco, a retenção de funcionários, ter um processo único e automatizado de recrutamento interno e estimular os empregados a gestão de sua carreira no médio e longo prazo.

Conforme o banco, os números do primeiro semestre ainda não foram totalizados, mas ocorreram pelo menos 151 movimentações, através do recrutamento interno. Já o total de movimentações atingiu 1.500 funcionários, incluindo a contratação de estagiários, a expansão da rede e o remanejamento de caixas para a nova função de monitores da integração.

“Questionamos esses monitores de integração, cuja jornada é de oito horas, quando deveria ser de seis horas, conforme prevê a legislação trabalhista”, afirmou o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Marcelo Sá. O banco respondeu que, após a integração tecnológica, esses funcionários serão aproveitados como coordenadores, assistentes de pessoas físicas e jurídicas e gerentes de relacionamento.

O banco possui hoje cerca de 1.900 estagiários, sendo que em média 70% são efetivados. Este ano, já foram contratados 900 estagiários.

“A manutenção de um programa de realocação de trabalhadores é importante no processo de fusão para evitar demissões e fazer remanejamentos dos centros administrativos para a rede de agências, bem como nos casos de sobreposição de agências”, destacou o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. “Nada justifica a dispensa de funcionários, diante do lucro de R$ 3,529 bilhões no primeiro semestre, um crescimento de 44,3% em relação aos R$ 2,445 bilhões dos primeiros seis meses de 2009, e um resultado que equivale a 22% do lucro mundial do banco e a mesma fatia da matriz na Espanha”, comparou.

Para os dirigentes sindicais, os números apresentados são ainda insuficientes. “Existe carência de caixas em várias agências e postos e muita sobrecarga de trabalho, o que acaba ocasionando filas, estresse e falta de qualidade no atendimento aos clientes”, destacou o diretor da Feeb RJ-ES, Paulo Garcez.

Os bancários questionaram ainda a redução do número de trabalhadores após o início da fusão com o Real. O quadro ultrapassava 53 mil funcionários, que caiu para 51.789 em junho, conforme dados do balanço.

“Outro Santander é preciso, com a geração de mais empregos, fim da política de rotatividade, e valorização dos trabalhadores. As pessoas devem estar em primeiro lugar”, concluiu Ademir.

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