Santander prorroga aditivo até 31 de dezembro, mas ainda não marca negociação

Após reivindicação da Contraf-CUT, entidades sindicais e Afubesp, o Santander Brasil comunicou no final da tarde desta sexta-feira, dia 27, que prorrogou até o dia 31 de dezembro a validade do Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2008/2009.

Os representantes dos bancários também solicitaram o agendamento de nova rodada de negociação, mas o banco informou que ainda não concluiu os debates internos acerca das reivindicações apresentadas. Além do aditivo à CCT 2009/2010, os bancários querem discutir o Programa de Participação nos Resultados (PPR) referente ao exercício de 2009.

A última reunião foi realizada no dia 18 de novembro, quando o superintendente de relações sindicais do Santander, Jerônimo dos Anjos, concordou com a renovação da maioria das cláusulas do aditivo atual. Ficam pendentes os incentivos à aposentadoria (“pijama” e abono indenizatório), dois mecanismos que evitam demissões e que os bancários querem manter diante da continuidade do processo de fusão.

“Queremos a manutenção de todas as conquistas dos bancários do Santander e a inclusão de novas cláusulas, como garantia de emprego neste momento de fusão. Também queremos trazer para o aditivo os benefícios que constam na cartilha distibuída aos funcionários, bem como direitos dos bancários da Espanha, pois não somos trabalhadores de segunda classe”, afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

“Também queremos debater o pagamento do PPR e da PLR com base no balanço que apresenta o maior lucro líquido e que seja mais justo com os trabalhadores”, destaca a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa.

As entidades ainda reivindicam o pagamento do prêmio de dois salários para todos os funcionários do Santander que já completaram 25 anos de banco. Trata-se de uma bonificação vigente no Real e estendida aos trabalhadores do Santander somente a partir de janeiro deste ano, discriminando quem já tinha feito esse tempo de casa.

“Nós defendemos o diálogo e a negociação coletiva. O banco é lucrativo e fez recentemente a maior oferta de ações do mundo em 2009, captando mais de R$ 13 bilhões. Agora é hora de reconhecer o empenho e a dedicação dos funcionários. Para tanto, cobramos melhorias e avanços sociais no aditivo, como forma de valorização dos trabalhadores e de responsabilidade social”, conclui Ademir.

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