Colocando, mais uma vez, em prática sua política de desrespeito aos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, o Santander demitiu no último dia 12 de setembro uma bancária da agência de Cornélio Procópio (PR) que teve sua aposentadoria por invalidez cancelada pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Ela teve seu benefício suspenso em abril deste ano, dentro do processo de revisão das aposentadorias que vem sendo feito pelo governo Michel Temer (MDB) e procurou o Sindicato, que negociou com o banco seu retorno ao trabalho.
Segundo Elizeu Marcos Galvão, presidente do Sindicato de Cornélio Procópio, foi protocolada junto ao banco uma carta informando que ela goza do direito à Estabilidade Provisória de Emprego, conforme estabelece a cláusula 27ª da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) da categoria.
“Mesmo assim, o Santander efetivou seu desligamento, passando por cima da nossa CCT e jogou no olho da rua uma funcionária que por 27 anos prestou serviços ao banco e agora não tem outra forma como garantir seu sustento e de sua família, pois teve a aposentadoria suspensa pelo INSS”, critica.
Elizeu conta que foi feito contato com o departamento de Relações Sindicais do Santander, em São Paulo, e enviadas cópias da Carteira de Trabalho da bancária comprovando seu direito à Estabilidade Pré-aposentadoria, pois a mesma tinha ainda mais de 12 meses de contribuição previdenciária em outra empresa, completando assim os 28 anos exigidos para usufruir a estabilidade no emprego.
O Sindicato orientou a bancária a recorrer da demissão junto à Justiça do Trabalho, requerendo o cumprimento da cláusula 27ª da CCT da categoria, já que seus documentos não deixam dúvidas quanto ao direito à estabilidade, o que será fundamental para reverter sua dispensa.
“Este caso vem ressaltar a crueldade da política de recursos humanos adotada pelo Santander, caracterizada pela falta de respeito com trabalhadores brasileiros e a legislação do nosso País. Isto se soma às metas abusivas impostas aos bancários e bancárias, à falta de condições adequadas de trabalho, bem como à cobrança de altas taxas de juros e tarifas altíssimas, sacrificando o povo brasileiros para elevar seus lucros”, protesta o presidente do Sindicato de Cornélio Procópio.