O Santander está montando outra vez uma árvore gigante de Natal, na Praça Chioratto, no Ibirapuera, em São Paulo. Ela fica em frente ao portão de número 10 do parque. O lançamento ocorre no próximo domingo, 6 de dezembro, após 57 dias de montagem, com retirada prevista para um mês depois.
Mais de 1 milhão de lâmpadas e 20 mil metros de mangueiras de luzes vermelhas e brancas a iluminam. Quase 150 figuras de metal, como bolas, estrelas e pinheiros, a decoram. Um Papai Noel de 3,5 metros de altura com roupa de alpinista será colocado em uma das laterais.
É a oitava vez que a árvore, cuja construção é bancada pelo Santander, é montada na capital paulista. A estrutura possui 75 metros de altura, o equivalente a um prédio de 25 andares, com 35 metros de diâmetro e 240 toneladas de peso.
“Esperamos que o espírito natalino do Santander comece em casa, com a valorização dos trabalhadores, através da renovação com avanços do aditivo à convenção coletiva e do acordo do Programa de Participação nos Resultados (PPR)”, afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. “Queremos a retomada das negociações com a melhoria da proposta apresentada na rodada do último dia 18 de novembro”, aponta.
“Se o banco tem dinheiro para montar essa árvore gigante, não pode alegar falta de recursos para manter os incentivos para a aposentadoria, como o “pijama” e o abono indenizatório”, destaca o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Mário Raia. “O processo de fusão com o Real ainda não acabou e nós precisamos evitar demissões”, justifica.
“Para os trabalhadores, não adianta o banco colocar um milhão de lâmpadas na árvore de Natal, se não iluminar o aditivo com avanços sociais e novas conquistas”, compara a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa.
“Queremos incluir no aditivo os benefícios que estão na cartilha distribuída aos funcionários, como o auxílio-academia e a ajuda social extraordinária, para que virem conquistas dos trabalhadores, evitando-se que algum gestor do banco amanhã ou depois acabe unilateralmente com essas importantes vantagens sociais”, explica.
“Nós também buscamos a inclusão no aditivo de direitos dos bancários da Espanha, como o direito a cinco ausências abonadas por ano e a bolsa de férias, pois não somos trabalhadores de segunda categoria”, completa. Outra demanda importante é a manutenção do patrocínio dos planos de previdência complementar (Banesprev, Holandaprevi e Bandeprev) e da Cabesp.
Para fazer brilhar o acordo do PPR, os trabalhadores também pedem avanços em relação aos anos anteriores. “Reivindicamos o pagamento do PPR, assim como a PLR, com base no balanço que apresenta o maior lucro líquido e que seja montado em critérios justos e de forma linear para os funcionários”, salienta Ademir. “Contradiz o espírito do Natal oferecer bônus milionários para executivos e diretores e, ao mesmo tempo, pagar valores reduzidos de PPR para os trabalhadores”, compara.
Por fim, uma estrela que não pode faltar no aditivo: o pagamento do prêmio de dois salários para todos os funcionários do Santander que já completaram 25 anos de banco. Essa bonificação vigente no Real, estendida aos trabalhadores do Santander a partir de janeiro deste ano, não pode discriminar quem já tinha feito esse tempo de casa. “Mais do que um presente, trata-se de um gesto concreto de reconhecimento e valorização para quem há tempo contribui igualmente para o crescimento do banco”, conclui Ademir.