Na manhã desta sexta-feira (19), a direção do Sintraf JF foi surpreendida com a informação da demissão de uma dirigente sindical e funcionária do Banco Santander. Para a direção do Sintraf JF, o caso não passa de uma perseguição devido ao enfrentamento que o sindicato e a dirigente estavam fazendo contra os abusos que o banco espanhol tem cometido nos últimos meses.
Em dezembro, sindicatos de todo o país convocaram um dia de atos e mantiveram fechadas diversas agências para dar visibilidade à indignação com o Banco, que deu o pontapé inicial na implantação da Reforma Trabalhista impondo aos trabalhadores um “Acordo de Banco de Horas”, o que contraria o Acordo Coletivo de Trabalho vigente até outubro de 2018.
Em protesto ao desrespeito do Santander, os diretores se mobilizaram e fecharam uma agência do banco no centro de Juiz de Fora durante todo o dia. Os funcionários que chegaram para trabalhar foram comunicados do ocorrido e convidados a participar do ato. Nas falas, os diretores demonstraram sua indignação com as injustiças que o Santander e os demais bancos estão acometendo os trabalhadores. Ficou clara a disposição em manter a luta e combater os abusos do setor bancário que cada vez mais aumenta seu lucro em detrimento da exploração de seus funcionários.
O presidente do Sintraf JF, Watoira Antônio, reforça que as demissões estão ficando recorrentes após a Reforma Trabalhista, “demitem trabalhadores adoecidos, com estabilidade. No caso da nossa diretora, que é uma sindicalista combativa e atuante nas lutas, acreditamos que seja perseguição. O banco só pensa em lucrar mais sem gastar, com isso as agências estão um caos, os clientes queixam-se da demora no atendimento com a redução de pessoal e os bancários de excessos.”. Watoira pede que os trabalhadores não se intimidem e continuem a denunciar ao sindicato qualquer desrespeito.