O diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, Everton Gimenis, foi detido na manhã desta sexta-feira, dia 1º de outubro. Ele estava na agência Navegantes do Santander, paralisada em razão da greve dos bancários. No ato da prisão, um advogado do banco estava coagindo os trabalhadores e ameaçando o direito de greve – assegurado pela Constituição – com um interdito proibitório.
O advogado acionou a Brigada Militar – mesmo que o documento não lhe desse tais poderes. A polícia agiu de forma truculenta e sem respeitar o cidadão.
Após ser abordado, Gimenis, que não apresentou resistência, foi algemado e detido. Depois de ser ouvido no posto policial e preencher um termo circunstanciado, o dirigente foi liberado.
O fotógrafo do SindBancários, que fazia a cobertura da manifestação, também foi abordado, sendo obrigado a deletar todas as fotos de um dos cartões de memória que trazia consigo. Após o episódio, o direito de greve prevaleceu, e a agência permaneceu fechada.
O presidente do SindBancários, Juberlei Baes Bacelo, condena a atitude do banco de chamar a força policial para cumprir um interdito proibitório, coibindo o exercício do direito constitucional de greve.
Ele acrescenta que a truculência usada pelos policiais foi totalmente desnecessária, uma vez que se tratava de uma manifestação pacífica, ordeira e legítima dos bancários em greve por melhores salários e condições de trabalho. “Mais uma vez usaram algemas para os bancários, reprimindo o direito de greve dos trabalhadores”, conclui.