Representantes dos trabalhadores do Santander estiveram reunidos com o Relações Sindicais do banco, Gilberto Trazzi, nesta quarta-feira, dia 16, para avaliar o auxílio-educação e definir novos parâmetros para o segundo semestre de 2008. Conforme dados da empresa, foram realizadas, ao todo, 1.208 inscrições em janeiro. Das 1.000 bolsas disponibilizadas, apenas 559 foram contempladas. Outras 649 solicitações tiveram os pedidos rejeitados.
Para o diretor da FETEC/CUT-SP, Sérgio Godinho, é importante que os sindicatos divulguem as clausulas do acordo com o banco para que os bancários interessados em receber o benefício tenham clareza das exigências estabelecidas.
“Verificamos que um grande número de bolsas deixaram de ser utilizadas porque as solicitações não atendiam as exigências. Então, cabe as entidades representativas fazer a divulgação das regras e dos benefícios que o trabalhador pode ter caso deseje concorrer”, explica Godinho.
Segundo o acordo com a direção do banco, no início do ano, o auxílio-educação pode ser usufruído por bancários com mais de um ano de casa, para a primeira graduação e apenas para os cursos de Administração, Marketing, Ciências Contábeis, Tecnologia da Informação, Economia, Direito, Comércio Exterior e Matemática. O benefício garante o ressarcimento de até 50% do valor da mensalidade, com teto de R$ 300.
Já na reunião desta quarta-feira ficou acordado que: em 72 horas o banco deverá contatar o trabalhador por escrito dizendo da aprovação ou recusa. No caso da recusa informará o motivo; as inscrições estão abertas e não terão data limite para encerrar. Porém o banco ressarcirá a mensalidade cujo pagamento tenha ocorrido até 30 dias anteriores à inscrição junto ao RH; para a inscrição, o bancário deverá preencher o formulário eletrônico disponível na Intranet (Meu Banco – RH – Bolsa Auxílio-Estudo); o funcionário deve enviar o comprovante de matrícula e mensalmente ao Centro de Formação e Desenvolvimento – Recursos Humanos, na Rua João Brícola, 24, 7º andar, Centro; o banco enviará mensalmente um relatório contendo o número de inscritos, bolsas concedidas e recusadas, bem como o motivo da recusa.
Termina em dezembro – Godinho ressaltar que o acordo de auxílio-educação n o Santander só está garantido até dezembro de 2008, quando encerra o acordo. “Nada está garantido para o ano que vem, Por isso precisamos da participação e da mobilização para manutenção e ampliação da conquista no futuro”, diz.
Confira abaixo o que consta no acordo entre trabalhadores e o Santander:
CLÁUSULA DÉCIMA: BOLSAS AUXÍLIO ESTUDO
Serão concedidas aos empregados do banco 1.000 (mil) bolsas de auxílio estudo, em valor correspondente a 50% da mensalidade, limitada a R$ 300,00 (trezentos reais) cada.
PARÁGRAFO PRIMEIRO: A concessão se dará a partir do mês de fevereiro em 2008.
PARÁGRAFO SEGUNDO:Serão garantidas 12 parcelas podendo, a critério do aluno, optar por 11 mensalidades mais a matrícula ou 12 mensalidades.
PARÁGRAFO TERCEIRO:As regras que regulamentarão a concessão das bolsas de auxílio estudo serão definidas entre as partes, ficando já acertado, como parâmetros: empregados com pelo menos 1 (um) ano de empresa, destinadas exclusivamente à 1ª graduação e critérios de desempate, tais como, menor salário, tempo de contrato no banco e empresas do Conglomerado Santander e números de filhos.
Cabesp e Banesprev – Em reunião realizada na semana passada entre o movimento sindical e o banco, foi tratada a questão do pagamento da mensalidade da Cabesp e do Banesprev para bancários afastados sem complementação salarial. Segundo Godinho, o movimento sindical quer que o banco dê opção ao bancário de ressarcir mensalmente à empresa os valores referentes aos pagamentos a essas entidades. Ele explica que os trabalhadores defenderam que o pagamento direto dos funcionários as entidades através do débito em conta é prejudicado uma vez que o banco prioriza outros débitos em conta, colocando em risco a condição de associado e participante.
