(Salvador) Salvador foi parabenizada ontem pelos 458 de fundação entre homenagens e protestos. Separada entre cidade alta e baixa, a primeira capital do Brasil também é dividida entre as belezas naturais e os graves problemas decorrentes do crescimento desordenado e da precariedade dos serviços públicos, características das cidades dos países em desenvolvimento.
O ápice da comemoração aconteceu na praça da Piedade, quando centenas de pessoas, sob o comando da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), CUT-Ba, sindicatos da capital, associação dos aposentados da Bahia e movimentos estudantis repartiram um bolo de 10 metros. A homenagem ainda contou com presença do vereador do PCdoB Everaldo Augusto.
Mas, ao contrário do que muitos acreditam, nem só de festa vive a Bahia e as lideranças aproveitaram a oportunidade para relembrar o significado histórico de algumas revoluções, como a revolta de Malês e a guerra pela independência do estado e chamaram a atenção da população para a importância das recentes mudanças políticas no cenário baiano com a derrota do carlismo. Apesar da vitória no âmbito político, os dirigentes falaram sobre a necessidade de união entre todos os cidadãos para que o projeto de desenvolvimento seja retomado o mais rápido possível.
Questões como má distribuição de renda, subempregos, ocupação das encostas, proliferação de favelas e têm que ser combatidas. O povo tem necessidade de educação, moradia digna, saneamento básico e saúde eficaz.
Desfile
À tarde uma grande passeata tomou conta das ruas do centro da cidade. Faixas parabenizando a capital, bandas, trios-elétricos, pernas de pau, índios, estudantes de diversas escolas municipais e grupos de teatro de rua compuseram o desfile em homenagem ao aniversário de Salvador. Tudo num tom descontraído que contagiou e mobilizou a população que passava pelo local.
Fonte: Seeb BA