Reunião Executiva Ampliada da Contraf-CUT discute defesa da CCT, em Brasília

Os representantes sindicais das bases filiadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) discutiram, nesta terça-feira (14), em Brasília, a importância da luta dos bancários em defesa da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e da escolha de candidatos comprometidos com os direitos dos trabalhadores nas próximas eleições.

A mesa de abertura do evento contou com a presença da presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, do secretário-geral, Gustavo Tabatinga, do ex-ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini, e do presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo.

Para Juvandia Moreira, derrubar o golpe é fundamental para retomar os rumos do país.  “Precisamos mostrar o que está em jogo nessa eleição e dialogar com os trabalhadores sobre esse momento que estamos vivendo. Amanhã, temos um ato, em frente ao Ministério da Fazenda, para defender as empresas públicas e bancos públicos.  A direita tem um projeto de entrega do patrimônio público e isso precisa ficar claro para a categoria bancária. Não basta só lutar em defesa da categoria bancária, mas lutar para retomar os rumos desse país. Derrubar o golpe é fundamental para recuperar a esperança do povo brasileiro e recuperar os direitos”, afirmou.  A categoria bancária realiza nesta quarta-feira (15) um ato Em Defesa dos Bancos Públicos, em frente ao Ministério da Fazenda.

O ex-ministro e bancário aposentado do Banco do Brasil, Ricardo Berzoini, fez uma comparação com o golpe ocorrido em 1964 com o que aconteceu em 2016. E concluiu que, diferente do que o governo Temer afirma, as reformas trabalhistas e da Previdência de forma alguma resolveriam os problemas do país. “O golpe tinha como objetivo aprovar a reforma trabalhista e agora querem fazer a limpeza da constituição. Assim como querem fazer a reforma da previdência com a intenção de retirar direitos de quem mais precisa. Resumindo, o golpe foi isso: reduzir a democracia, reduzir a participação popular, reduzir os canais de comunicação entre a sociedade e estado”, disse.

Berzoini salientou a importância da Campanha Salarial dos Bancários 2018, que reivindica a manutenção do emprego, aumento real, PLR maior, reajuste nos vales refeição, alimentação e auxílio creche, melhores condições de trabalho e igualdade de oportunidades.  “A campanha salarial dos bancários este ano, assim como a dos petroleiros, é uma campanha fundamental para a pedagogia política de luta. O sistema financeiro mudou muito nesse período, mas é um desafio para todos nós apostar na luta, na mobilização e no diálogo com a base”, explicou.

“Para nós, trabalhadores, não resta outra alternativa senão apostar na luta e no processo pedagógico de enfrentamento. Nós conquistamos a Convenção Coletiva Nacional num momento muito difícil. E enfrentamos o governo Collor e TST.  Com a luta, nós também conquistamos o direito de nos organizar nacionalmente”, concluiu o ex-ministro.

A presidenta da Contraf-CUT afirma que a CCT é um patrimônio público e que a categoria precisa lutar em sua defesa. “Depois do golpe, aumentou o número de municípios sem agências bancarias e reduziram postos de trabalho. Na nossa Conferência Nacional, nós vimos que não adianta fazer uma CCT senão colocar as eleições no centro da nossa campanha. Nós não vamos conseguir manter os bancos públicos se a direita se eleger”, finalizou.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram