Reunião da CEE/Caixa discute ações em defesa dos direitos dos empregados

Ações de mobilização nacional para manutenção do modelo de custeio e premissas básicas do Saúde Caixa também foram discutidas pela Comissão

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) se reuniu na semana passada para discutir a organização do Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), que será no dia 7 de agosto. Os temas que devem ser a base do debate no Congresso serão Saúde Caixa, Funcef e defesa da Caixa pública e dos direitos dos trabalhadores.

A Comissão também discutiu alguns pontos sobre a atualização dos protocolos de prevenção contra a Covid-19, que será levada à mesa de negociação com a Caixa, prevista para acontecer na próxima semana. A Caixa ainda segue o protocolo de julho de 2020. “Vamos discutir as falhas que existem nos protocolos e propor alternativas para proteger melhor os colegas. Já temos muitos colegas adoecendo e o sistema de saúde continua caótico. E todos os especialistas são unânimes em dizer que vai acontecer uma terceira onda”, disse a coordenadora da Comissão, Fabiana Proscholdt.

No dia 24 de maio, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou para o Comando Nacional dos Bancários uma proposta de protocolo de segurança unificado para orientar a prevenção contra a doença. No encontro, o Comando cobrou mais uma vez que os bancos pressionem o governo federal para incluir a categoria bancária no Plano Nacional de Imunização (PNI).

Na última sexta-feira (28), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou um ofício ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães, para reivindicar uma atuação junto ao Governo federal, ao Congresso Nacional e ao Ministério da Saúde para garantir os bancários como grupo prioritário no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19. Em reunião com a Confederação, o novo presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, sinalizou positivamente sobre a reivindicação.

O reforço nos protocolos de prevenção e a inclusão dos bancários como grupo prioritário é uma defesa da Fenae desde o início da vacinação no país, em janeiro. A Federação enviou ofícios ao Ministério da Saúde com esta solicitação e também articula ações com parlamentares para apresentação de projetos neste sentido. “Desde o início da pandemia nós cobramos a adoção dos protocolos, dos equipamentos de segurança e, desde janeiro, solicitamos a inclusão da categoria no grupo prioritário. Se são considerados trabalhadores essenciais, devem ter prioridade na vacinação. É uma questão de justiça e proteção não só dos empregados, mas da população que se expõe nas filas das agências”, enfatizou Sergio Takemoto, presidente da Federação.

Os integrantes da CEE/Caixa também conversaram sobre o ingresso de ações judiciais contra a Caixa para o cumprimento dos direitos dos empregados.

Saúde Caixa – O grupo conversou sobre o andamento do Grupo de Trabalho Saúde Caixa, que estuda um formato de custeio e gestão do Saúde Caixa para 2022. A empresa atuarial contratada pelo GT está avaliando o relatório do plano de saúde fornecido pela Caixa. O grupo definiu a realização de uma campanha nacional de mobilização dos usuários do plano. “Vamos ampliar os estudos, socializar as informações com os empregados para uma grande mobilização. É importante que cada usuário conheça e participe desse debate”, destacou a coordenadora da CEE/Caixa.

Albucacis de Castro Pereira, médico consultor da CEE/ Caixa e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), ressaltou que o Saúde Caixa é um plano referência, com procedimentos que vão além do previsto pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “O melhor benefício que uma empresa pode oferecer para o trabalhador é dar assistência à saúde. E o Saúde Caixa foi crescendo e melhorando ao longo dos anos, fruto de muita mobilização. E é preciso, novamente, a mobilização de todos para que se mantenha o modelo de custeio e os princípios básicos do plano, como o mutualismo, o pacto intergeracional e a solidariedade”, avaliou.

Fonte: Fenae

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