(São Paulo) Termina nesta segunda-feira, dia 19, a 7ª Reunião do Comitê UNI Américas Mulheres, que começou domingo, em Mar Del Plata, Argentina. Sindicalistas de todas as regiões da América estão debatendo nesses dois dias as estratégias para melhorar as condições de vida das mulheres.
“As mulheres são as maiores vitimas de violações dos direitos humanos fundamentais. Os relatos de mulheres da Colômbia, por exemplo, são bárbaros e dão conta de sindicalistas assassinados pelo Estado diariamente. Nos países que estão em guerra, as mulheres são dadas como troféus aos vencedores. Em El Salvador, nas Zonas de Maquilas, quando as trabalhadoras tentam se organizar têm suas cabeças decapitadas. Enfim, os relatos de violência são chocantes. Há países em que as famílias são ameaçadas se o trabalhador se filiar ao sindicato”, conta Neide Fonseca, presidenta da Uni Américas Mulheres, setor da Union Network sindicato global.
As participantes da Reunião também estão debatendo a organização da 3ª Conferência das Mulheres, que acontecerá em 2008. Elas já decidiram que o lema da delegação brasileira será ‘Trabalhadoras Sindicalistas das Américas reafirmando nossos compromissos’.
Os temas centrais da Reunião são o direito da mulher a uma vida livre de violência e como a distribuição dos bens e da riqueza afeta as mulheres.
Na abertura do evento, Neide enfatizou a importância da 2ª Conferencia Regional de Uni Américas, que acontecerá de 20 a 23 de março. “Em um mundo globalizado é preciso globalizar as lutas de modo a fortalecer a classe trabalhadora. O tema da Conferência é ‘Construindo juntos nosso futuro’. Para tanto, é preciso um forte sentimento de solidariedade e respeito aos direitos humanos e sindicais. O desafio de construirmos juntos e juntas nosso futuro é o de formular políticas que permitam além do crescimento da economia, a distribuição mais eqüitativa de renda, o pleno funcionamento da democracia e a igualdade de oportunidades e de tratamento para todos e todas”, comentou.
Além de Neide, representam as bancárias brasileiras no Encontro Maria Cristina Castro e Rita Berlofa, ambas do Sindicato de São Paulo.
Fonte: Contraf-CUT