Renda do trabalhador injeta 30,2 bi na economia

A valorização do salário-mínimo, a transferência de renda promovida pelo Bolsa Família e o aumento da oferta de emprego para funções de menor rendimento estão aumentando o consumo popular e vão injetar R$ 30,2 bilhões na economia em 2008. A renda adicional deste ano é maior que a observada em 2007, gerada pelos mesmos três fatores. Deste total, R$ 27,3 bilhões virão do reajuste do mínimo, que teve aumento de 9,2% neste mês de março, beneficiando assalariados e aposentados. O rendimento disponível para a população mais pobre atingiu a marca de R$ 232 bilhões. Os cálculos são da consultoria MB Associados, informados pelo jornal Valor Econômico.

O impacto das medidas do governo não é igual em todas as regiões do Brasil. No Norte e no Nordeste, o peso maior é do salário-mínimo e do Bolsa-Família. Já nos estados do Sul, com um grande número de idosos, os benefícios pagos pela Previdência provocam o maior impacto.

O comércio varejista comemora a elevação da renda disponível entre os mais pobres, já que, tradicionalmente, o aumento do poder aquisitivo leva as pessoas a comprarem em maior quantidade e uma variedade maior de produtos. Com a alta dos alimentos em 2007, os outros setores do varejo acabaram prejudicados, já que a alimentação consumiu parte significativa da renda. Com a estabilização dos preços dos gêneros alimentícios, esperada para 2008, a expectativa é que sobre dinheiro para a população comprar outros produtos, aquecendo vários segmentos do comércio.

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