Reino Unido taxa bancos para reduzir déficit e custear futura ajuda

Como parte do seu plano para reduzir o deficit, o governo britânico anunciou que vai cobrar uma nova taxa sobre os bancos, em uma medida que logo deve ser seguida por França e Alemanha.

O ministro do Tesouro, George Osborne, disse que a medida começará a valer a partir de janeiro do ano que vem e vale para todos os bancos britânicos e para as operações no Reino Unido de instituições estrangeiras.

“Uma vez que esteja em pleno vigor, esperamos que a taxa gere 2 bilhões de libras [US$ 3 bilhões] em receitas anuais”, afirmou o ministro.

A medida deve logo ser repetida por Alemanha e França, que, em conjunto com o Reino Unido, divulgaram comunicado dizendo que pretendem taxar os bancos para criar uma espécie de fundo para compensar os custos de futuras crises financeiras.

Eles também devem insistir, na reunião desta semana, no Canadá, para que os demais membros do G20 sigam o exemplo, o que, em alguns casos, é improvável.

O governo americano também apoia a criação de uma taxação sobre os bancos, mas países como Canadá e Austrália, cujos bancos foram poucos afetados pela crise, são contrários.

A taxa aos bancos faz parte do primeiro Orçamento do novo governo David Cameron, um dos mais duros da história do país.
Ele prevê 40 bilhões de libras nos próximos cinco anos com aumento de impostos e cortes de gastos, além dos 73 bilhões já previstos pela administração anterior.

Osbourne afirmou que o pacote foi feito para arcar “pelas irresponsabilidades” dos governos de Gordon Brown e Tony Blair.

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