Caos e desespero súbitos. É assim que se pode classificar a rotina de clientes, usuários e empregados dentro da agência Madeira-Mamoré da Caixa Econômica Federal, no Centro de Porto Velho, após a súbita iniciativa dos gestores da unidade em promover a chamada manipulação de senhas, que é quando eles, os gestores decidem, de surpresa, ordenar que os próprios caixas façam a chamada verbal das senhas de clientes e usuários que estão com o tempo de atendimento (estabelecido na Lei das Filas) prestes a ser ultrapassado.
A denúncia chegou a conhecimento do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), que foi ao local e confirmou que a situação é caótica, pois na maior agência da Caixa no Estado o atendimento é precário, feito por poucos caixas, e alguns estão cedidos para outras funções com objetivo de ‘desafogar’ o atendimento, e isso é feito com o famigerado e danoso desvio de função.
“Ficam clientes e funcionários totalmente perdidos com essas medidas súbitas e sem aviso prévio. Essa é apenas mais uma prova da precariedade criada com a falta de funcionários, e nessa agência, de um efetivo de oito caixas, atualmente apenas cinco estão atuando, e vez ou outra algum deles é chamado para socorrer no atendimento expresso ou na entrega de senhas. Só hoje (sexta-feira 21/9) verificamos quatro episódios de manipulação da senha. O gestor obriga os caixas a chamar todas as senhas que estão no limite do tempo de atendimento e causa o caos, entre eles mesmos (gestores) e com os caixas que são pegos de surpresa. Isso não pode acontecer e vamos denunciar essa irregularidade aos órgãos fiscalizadores”, menciona Euryale Brasil, secretário jurídico do SEEB-RO e empregado da Caixa.