Incertezas, sobrecarga e péssimas condições de trabalho são impostas aos funcionários das cinco agências que serão fechadas definitivamente, ou seja, extintas pela reestruturação do Banco do Brasil no próximo dia 11 de fevereiro, em Fortaleza. O atendimento continua normal, com quadro reduzidíssimo, e com bancários não realocados, que ainda não sabem para onde irão. Há uma sobrecarga de trabalho e emocional.
Para ver de perto esse quadro, mapear as questões para exigir uma posição do Banco do Brasil, na terça-feira, 17/1, dirigentes do Sindicato dos Bancários do Ceara visitaram essas agências que ainda continua funcionando, mas de forma muito precária. A agência da Av. Santos Dumont foi fechada durante todo expediente do dia 17/1 e, em cada uma das cinco unidades, os dirigentes conversaram com os colegas sobre suas condições de trabalho.
O retrato das agências que passam pela reestruturação e serão extintas, como o caso do Aeroporto, da Av. Santos Dumont, Lagoa de Messejana, agência Dnocs e Av. Monsenhor Tabosa é de abandono por parte da direção do banco. As agências continuam lotadas, mas com quadro reduzidíssimo de funcionários trabalhando. Agências que tinham 14 bancários estão com apenas quatro.
A maioria já não tem mais caixas e nem mais gerente para despachar as operações. Os clientes, em busca do atendimento tradicional dos funcionários do BB, desrespeitam os bancários que permanecem na agência. Eles estão sobrecarregados, porque a demanda continua a mesma, mas o quadro reduziu a 1/5 do que era antes da reestruturação.
Além do atendimento aos clientes como se tudo tivesse normal, o banco impõe vários procedimentos para o fechamento das agências, criando uma sobrecarga a mais aos bancários dessas unidades, que ainda por cima lutam contra o tempo e as incertezas da própria vida profissional. Muitos não sabem para onde irão, quando definitivamente as agências fecharem no próximo dia 11 de fevereiro.
“Sabemos que esta situação expõe os funcionários, pois eles não têm como atender dignamente, com um quadro reduzido – muitos funcionários estão sendo transferidos antes mesmo do encerramento das agências – e sem gerente. E também expõe o banco, pois fica impossível um atendimento digno, diante do número ínfimo de funcionários para realizar o trabalho. O Sindicato cobra uma posição séria da direção do Banco do Brasil, afinal os funcionários e os clientes merecem respeito. Não vamos nos calar!” , afirma Jannayna Lima, diretora do Sindicato e bancária do BB.