O assalto à agência do Santander na Avenida João de Barros, bairro Santo Amaro, eleva para oito o número de unidades assaltadas este ano. Em menos de quinze dias, é a segunda ocorrência no Recife.
“Os números vinham caindo depois da instalação de novos equipamentos de segurança por conta da lei municipal. É preocupante o fato de serem registrados dois casos em poucos dias”, afirma o secretário de Saúde do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Wellington Trindade.
A agência do Santander em Santo Amaro tem porta de segurança e câmeras. No entanto, o número de vigilantes é insuficiente: apenas dois homens para três pavimentos. Na investida de sexta-feira, dia 12, cerca de sete homens entraram na agência, renderam os vigilantes, quebraram a porta de acesso aos caixas e levaram o dinheiro.
Segundo o delegado da Depatri (Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais), a forma de agir da quadrilha leva a crer que se trata do mesmo grupo que praticou a ação no Itaú da Madalena, no início do mês.
Em ambos os casos, um dos homens foi destacado para pegar as imagens captadas pela câmera interna. No entanto, no assalto desta sexta, eles não alcançaram o objetivo porque a câmara é posicionada em local mais alto.
Algumas pessoas afirmaram ter percebido uma movimentação estranha do lado de fora da agência. “Provavelmente, se houvesse um sistema de câmera externa integrada ao sistema de computadores da Secretaria de Defesa Social, como nós reivindicamos, a ação não teria acontecido”, diz Wellington.
O Sindicato esteve no local, mas a agência já tinha sido fechada e os trabalhadores liberados. O banco garantiu que, na segunda-feira, 15, um psicólogo seria encaminhado ao local para atender os funcionários. A direção do Sindicato também vai voltar à agência para conversar com os bancários.
“É importante que eles registrem o fato em CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). Caso, no futuro, venham a sofrer qualquer transtorno por causa do trauma, este documento vai configurar o fato como acidente de trabalho e, portanto, garantir os direitos que cabem ao trabalhador”, aponta Wellington.