O aposentado Filogônio Santos, de 63 anos, desistiu de sacar o dinheiro da aposentadoria após notar que estava sendo observado por um estranho em uma agência bancária de Goiânia. Ele só voltou ao local dois dias depois e, antes disso, notificou a atitude suspeita à Polícia Militar (PM). Filogônio não tinha certeza da intenção daquela pessoa, mas decidiu deixar a agência para evitar ser mais uma vítima da chamada saidinha de banco.
Filogônio diz que, para evitar ser roubado no dia em que recebe o benefício, decidiu sacar apenas pequenas quantias, utilizar mais os serviços bancários e pagar contas com cartão de débito. Algumas dessas atitudes fazem parte das orientações da PM para evitar que mais clientes dos bancos sejam vítimas do golpe.
Segundo o coronel Divino Alves, assessor de comunicação da corporação, a principal recomendação é que as pessoas não saiam dos bancos com grandes quantias em espécie.
Se essa recomendação fosse seguida pela maioria da população, seria possível evitar ocorrências como as registradas na quarta-feira 13, quando, em um intervalo de menos de duas horas, quatro pessoas foram vítimas da saidinha de banco.
Os roubos ocorreram entre as 11h40 e 13h30, depois que clientes saíram de agências bancárias. Em todos os casos, os autores abordaram as pessoas com armas de fogo e, posteriormente, fugiram em motocicletas.
Em um dos casos, Telmo Silva de Andrade, 36, sacou uma quantia em dinheiro da agência na Avenida Goiás, no Centro. Ao chegar à sua residência, ele foi abordado por duas pessoas portando arma de fogo. Os autores subtraíram todo o valor e fugiram em uma motocicleta.
Conforme observa o coronel Alves, a ocorrência mostra que os criminosos não roubam apenas em frente aos bancos, mas também seguem as vítimas até locais que consideram mais propícios para efetuar o ilícito.
Com Moisés Mendes Pereira, 26, foi a mesma coisa. Ele sacou uma quantia em dinheiro em uma agência bancária do Setor Marista, saiu do estabelecimento e, quando chegava à empresa em que trabalha, foi surpreendido por duas pessoas portando armas de fogos e, novamente em motocicletas.
Os outros dois casos ocorreram no Centro e no Bairro Capuava, sendo que os criminosos levaram R$ 3,6 mil e R$ 4,4 mil, respectivamente.