Quatro bancários são reintegrados no Bradesco em Campos dos Goytacazes (RJ)

Só este ano já foram 20 reintegrações no Bradesco na base do Sindicato e mais cinco estão sendo aguardadas

Mais quatro bancários foram reintegrados esta semana à agência 0065 do Bradesco, em novas ações vitoriosas do Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes e Região (RJ). Na manhã desta sexta-feira (9), retornaram ao trabalho Rita de Cássia de Souza Silva, Paulo Roberto Sanguedo e Afonso Cláudio Machado Alves. Na segunda-feira (5), foi reintegrada à mesma agência, que funciona no centro financeiro da cidade, Neiva Benedita Pereira de Souza. Só este ano já foram 20 reintegrações no Bradesco na base do Sindicato e mais cinco estão sendo aguardadas.

Afonso, com 56 anos de idade e 35 de banco, se recuperava da Covid-19 — ele ficou um mês na UTI entre maio e junho — quando foi surpreendido em outubro com a demissão. “Eu estava ainda tratando das sequelas, me recuperando, e de repente veio a demissão. Foi um baque, mas o Sindicato esteve o tempo todo ao meu lado e hoje, felizmente, estou de volta ao trabalho”.

Rita e Paulo também foram demitidos em outubro, em plena pandemia. Ela tem 35 anos de carreira no banco e estava em casa durante a pandemia, por ser de grupo de risco, se recuperando de um câncer. Ele soma 39 anos de dedicação Bradesco e, da mesma forma que Rita, nunca tinha sido demitido em todo esse tempo. Ambos destacam o empenho do Sindicato para que tenham conseguido voltar ao trabalho.

Reintegrada no início da semana, Neiva, também foi demitida em outubro do ano passado, após 36 anos de carreira no banco, enquanto estava trabalhando em home office, se recuperando de um câncer. “Fui demitida sem aviso, sem assinar nada e sem realizar qualquer exame. Só descobri quando vi que o salário não entrou na conta. Foram meses difíceis, mas mantive a esperança e a confiança no Sindicato, que esteve todo o tempo me apoiando, que foi incansável”, lembra.

O presidente do Sindicato, Rafanele Alves Pereira, critica a postura dos bancos privados, que haviam se comprometido com o Comando Nacional dos Bancários a não demitir durante a pandemia. “Não cumpriram com o que prometeram, não têm qualquer sensibilidade e respeito à categoria, que segue trabalhando, arriscando a saúde e a vida desde que começou a pandemia. Mas vamos continuar lutando, buscando na Justiça os direitos dos bancários e bancárias e denunciando o descaso dos banqueiros”, afirma Rafanele.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram