(São Paulo) O medo e a insegurança de clientes e bancários crescem na mesma proporção da violência que toma conta das agências bancárias do país. A onda de assaltos parece não ter fim e a Febraban ignora a situação expondo ao risco diário 400 mil bancários e milhões de clientes.
Em apenas sete horas, na terça-feira, 20 de março, três agências bancárias foram assaltadas na capital paulista e uma na Grande São Paulo. Por volta das 8h30, quatro homens renderam os funcionários de uma agência do Banco do Brasil na avenida Marechal Tito, na zona Leste, e conseguiram fugir.
Pouco depois das 11h, foi a vez do HSBC da rua Afonso Brás, na zona Sul. Os assaltantes fizeram refém a funcionária do auto-atendimento. Com uma arma em sua cabeça tentaram forçar a abertura da porta; sem sucesso, atiraram diversas vezes contra a porta giratória. O terceiro assalto aconteceu numa agência do Bradesco, na avenida Rio Pequeno, na zona Oeste.
No início da tarde, os assaltantes invadiram a agência, quebrando com coronhadas a porta lateral de vidro, utilizada para a entrada de pessoas com deficiência. Em Arujá, quatro ladrões resolveram roubar também dinheiro dos clientes que estavam na fila.
Atitude
Na última semana, o Sindicato enviou cartas aos bancos solicitando negociação para estabelecer o compromisso de instalação de portas de segurança com detectores de metal em todas as agências bancárias. A entidade está aguardando resposta. O objetivo é encontrar medidas práticas que possam reduzir os riscos de assaltos a bancos e garantir mais segurança para bancários e clientes.
“Defendemos que as portas de segurança sejam instaladas nas agências antes do auto-atendimento, para proteger também clientes que utilizam os caixas eletrônicos, assim como bancários e vigias que atuam nesse departamento”, destacou Daniel Reis, diretor do Sindicato.
Para deixar as agências mais “bonitas” ou economizar com manutenção, algumas instituições estão implementando novo lay-out, que implica na retirada das portas ou inauguração de agências sem o equipamento. O Unibanco está retirando as portas. No Banco Brasil e na Nossa Caixa agências são inauguradas sem o equipamento.
O Sindicato estima que no Bradesco menos 50% das agências tenham portas de segurança. Já no Itaú, HSBC e Real ABN esse índice gira em torno de 90%. Na Caixa Econômica Federal quase 100% das agências contam com o equipamento.
Fonte: Elisângela Cordeiro – Seeb SP
