No início da manhã desta sexta-feira (7), uma agência do HSBC, localizada na Folha 27, em Marabá, foi invadida por um grupo de assaltantes armados. Todos que estavam no local foram rendidos pelo bando. Por volta das 10 horas da manhã, a polícia cercou o local, fechou ruas próximas e começou a negociar com os assaltantes. Uma senhora que passou mal foi a primeira a ser liberada.
Informações exatas como nomes, ou número de criminosos, reféns e feridos ainda não foram obtidas. Nos arredores, o trânsito foi afetado devido à agência estar em uma área rotatória, com bastante tráfego de automóveis.
O acúmulo de curiosos também dificultou a passagem. A negociação teve fim somente às 16 horas, quando o bando se entregou.
Segundo a polícia, o crime, popularmente conhecido como “golpe do sapatinho”, teve início quando o gerente do banco foi abordado ao sair de casa em direção ao trabalho, e após ser rendido, foi forçado a seguir a até a agência, enquanto outros criminosos mantinham sua família como reféns em sua residência.
Medo de assalto fecha agências
As agências da Caixa, Bradesco e Banco do Brasil, próximas ao HSBC que foi invadido foram esvaziadas. O medo aterroriza a todos.
Com a freqüente incidência de assaltados a bancos na região, como o que aconteceu recentemente em São Domingos do Araguaia, a polícia orientou o fechamento de todas as agências bancárias da cidade, para manter a segurança e evitar mais situações do gênero.
No entanto, a Caixa fechou as portas somente após interferência do Sindicato, pois, tanto a gerência de Marabá, como a área de segurança da empresa, determinaram que a agência permaneceria aberta, ignorando totalmente o estado emocional dos empregados.
Já o Banco do Brasil de Nova Marabá, localizado a apenas 200 metros da agência aonde ocorreu o crime, e que inicialmente estava fechado, tornou a abrir suas portas às 14 horas, alegando que haveria uma ordem expressa da superintendência para abrir o banco.
Mais uma vez os trabalhadores foram ignorados na tomada de decisão, revelando novamente a face mais cruel das relações de trabalho no Banco do Brasil no Pará, onde os funcionários são submetidos à pior administração desde a época de FHC.
O que se vê no Banco do Brasil é a busca de resultados a qualquer custo, mesmo que seja em troca da dignidade humana, denunciando o carreirismo de quem quer mostrar serviço a qualquer preço, em busca de um posto maior adiante.