A quadrilha desarticulada na terça-feira, dia 11, em operação do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) do Rio Grande do Sul, retirava cerca de R$ 1 milhão de contas bancárias por ano através da internet. Em apenas um dos casos, foram roubados aproximadamente R$ 500 mil.
Em outro, ocorrido em São Paulo, R$ 200 mil foram transferidos. No entanto, a média de saques por conta era de R$ 1 mil. Cinco pessoas já estão presas, segundo a Polícia Civil, e três seguem foragidas.
São cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e oito de prisão temporária em Porto Alegre, Viamão, Canoas, Cachoeirinha e em Salvador (BA) e em Santa Catarina. A polícia apreendeu hoje ao menos três computados, três notebooks, diversos cartões de crédito, impressora, talões de cheques, documentos, fitas de vídeo, carimbos e 23 celulares, além de um revólver calibre 38.
Conforme o diretor do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos (GIE), delegado Emerson Wendt, a quadrilha agia em várias frentes, mas a principal era transferência indevida via internet.
“O hacker invadia a conta bancária e fazia a transferência para a conta de laranjas”, explicou. “Nós solicitamos a prisão de 17 pessoas que consideramos laranjas, mas infelizmente o entendimento do Judiciário não foi o mesmo.”
Segundo o Deic, a fórmula do grupo era o envio de e-mails com links falsos para clientes de bancos. Na mensagem, era solicitado que o usuário clicasse para atualizar dados. A partir daí, os criminosos tinham acesso às informações dos computadores das vítimas. O hacker da quadrilha é gaúcho e mora em Salvador. Ele e seu braço direito, que vive no Rio Grande do Sul, estão presos.
O grupo é suspeito de furto qualificado, estelionato, falsidade ideológica, formação de quadrilha e falsificação de cheques. São empregados na ação 45 agentes e 20 viaturas.