A agência de Poconé do Banco do Brasil, no interior do Mato Grosso, continua sofrendo com as consequências do arrombamento ocorrido no último sábado (9). A área de segurança do BB ainda não apareceu na cidade para solucionar os problemas, segundo o Sindicato dos Bancários do Mato Grosso (SEEB-MT). A agência está deteriorada devido à explosão de dinamites dentro da unidade.
Com o objetivo de saber como estão os bancários e conferir a situação da agência, o Sindicato esteve em Poconé, na terça-feira (12). O presidente do SEEB-MT, Arilson da Silva, observou que o clima na cidade é de muita insegurança. Após solicitação do Sindicato, a agência não funcionará até que as providências sejam tomadas para que o prédio apresente boas condições de trabalho.
Arilson lamenta que essa onda de ataques continue e indaga o BB pelo fato de o Mato Grosso não ter a chamada Regional de Segurança (Reseg). “Até o momento, a área de segurança do Banco do Brasil, que é de Campo Grande, não veio até Poconé. Está tudo danificado e a agência não tem condições de atender o público. Os funcionários fizeram um esforço enorme para atender a população, que merece um atendimento digno, mas a situação é de risco para a população e para os bancários da agência. É preciso que as questões de segurança sejam resolvidas e o Sindicato vai continuar acompanhando o caso”.
O SEEB-MT manterá contato com o Banco do Brasil para que providências sejam tomadas, uma vez que as condições internas precisam ser revistas e ações encaminhadas para dar mais segurança para toda população.
Pesquisa Nacional
Mato Grosso está na quinta colocação na 1ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e a Contraf-CUT. Os dados são do primeiro semestre deste ano e, por isso, não contabilizaram as três ações de criminosos em julho, a última em Poxoréu.
O Estado ficou atrás somente de São Paulo, Bahia, Paraná e Paraíba. De acordo com a pesquisa, ocorreram 838 ataques a bancos no Brasil, uma média de 4,63 ocorrências por dia. Desses casos, 301 foram assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, e 537 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos (incluindo o uso de dinamites e maçaricos).
Para Arilson, é lamentável observar que Mato Grosso esteja na quinta colocação. Ele destaca a necessidade de ações efetivas por parte dos bancos para que toda população não corra risco nos bancos. “Mantemos nossa reivindicação por mais segurança nos bancos com investimentos em câmeras, tanto dentro quando fora do prédio, com boa definição para que os bandidos possam ser identificados, além de vidros blindados nas fachadas para impedir a invasão dos assaltantes”, disse.
Em Cuiabá, os bancos devem instalar os biombos para dificultar as chamadas saidinhas de bancos, conforme lei municipal. “A segurança pública também precisa reforçar suas ações”, concluiu.