Quadrilha age com violência no assalto ao Itaú em Curiúva

A onda de violência contra os bancos vitimou nesta segunda-feira (18) funcionários, vigilantes do Itaú e, também, a população de Curiúva, na base territorial do Sindicato de Arapoti. Segundo informações da diretora do Sindicato, Valeria Vilela Wanderley, a quadrilha chegou à agência por volta das 16h, portando armas de grosso calibre, estourou os vidros da fachada para entrar e rendeu funcionários e vigilantes. Durante a ação, populares foram usados para fazer um cordão humano em frente ao banco, causando muita tensão.

“Eles agiram com muita truculência, pegaram uma gerente e levaram para o cofre, mandando para que fosse aberto. Como a gerente disse que não tinha a senha, os bandidos fizeram ameaças de matar todos”, conta Valéria.

Diante dessa situação, a funcionária do Itaú conseguiu convencer os bandidos que realmente não tinha a senha. “Daí eles levaram o dinheiro dos caixas eletrônicos, os envelopes com depósitos e o que tinha nos caixas”, acrescenta a diretora do Sindicato de Arapoti.

Para fugir, a quadrilha levou um dos vigilantes e um bancário como reféns, além de um morador da cidade, que foi levado no capô da caminhonete utilizada pelo bando. Foram disparados diversos tiros e colocado um caminhão na estrada para impedir a chegada de reforços da polícia. Curiúva tem apenas três policiais militares.

“Infelizmente, o sistema de segurança dos bancos não é eficiente, pois faltam investimentos, e o governo do Estado não coloca um efetivo maior de PMs para impedir esse tipo de crime. Em 2014, a agência do Itaú em Curiúva foi explodida e, no ano passado, atacaram no mesmo dia o Banco do Brasil e o Bradesco”, recorda Valéria.

Em função disso, a agência continua com as portas fechadas e os clientes e aposentados que recebem seus benefícios pelo banco têm de ir para outras cidades para sacar o dinheiro.

A diretora do Sindicato de Arapoti afirma ainda que no final de 2015 houve uma tentativa de ataque a banco em Figueira e explosão de caixas eletrônicos em Sapopema, o que levou o Itaú a encerrar suas atividades na cidade.

 

 

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