Protesto por melhores condições de trabalho na Caixa em Belo Horizonte

Bancários param agência da Caixa no Dia Nacional de Luta

Os bancários paralisaram nesta quinta-feira (20) a agência 21 de Abril, localizada na avenida Álvares Cabral, em Belo Horizonte, e marcaram o Dia Nacional de Luta por condições dignas de trabalho na Caixa Econômica Federal.

Houve protestos contra o caos nas agências e nos postos de atendimento do banco em todo o Brasil. Na entrada da unidade foi instalada a “Porta do Inferno” para denunciar à população as condições de trabalho infernais às quais os empregados têm sido submetidos.

A mobilização foi nacional e cumpriu decisão dos representantes dos empregados no 29º Congresso dos Empregados da Caixa (Conecef). A luta por condições dignas de trabalho significa a contratação de mais empregados, unidades adequadas para o atendimento ao público, fim das metas abusivas e do assédio moral, e respeito à jornada de trabalho, assim como uma política que aprimore, cada vez mais, o caráter de banco público.

A agência 21 de Abril, que ficou fechada até o meio-dia, foi escolhida para a paralisação por estar obrigando os empregados a trabalharem até as 22h. Essa situação, no entanto, se repete em muitas outras unidades de trabalho da Caixa.

A situação também é grave em relação aos tesoureiros, que enfrentam condições precárias de trabalho. Além disso, há falta de pessoal, desvio de função, extrapolação da jornada por conta de acúmulo de tarefas e demora na instalação de corredores de abastecimento dos terminais e caixas nas agências, o que compromete a saúde e a segurança desses trabalhadores.

O abuso na gestão é também frequente em diversas unidades pelo país, causando pressão desmedida no dia a dia dos trabalhadores. A cobrança por venda de produtos e metas inatingíveis, elementos que abrem caminho para o assédio moral e outros tipos de violência, continuam sendo praticados impunemente. Essa situação causa reflexos danosos para a saúde mental e física dos empregados.

Os empregados da Caixa lutam para que o banco atenda suas justas reivindicações, trate com respeito a categoria e cumpra seu papel social, como um banco público a serviço do povo brasileiro.

Para o presidente do Sindicato e empregado da Caixa, Cardoso, a “Porta do Inferno” representa apenas a porta, mas o verdadeiro inferno está dentro das agências e postos de atendimento. “Os empregados da Caixa sofrem com a falta de trabalhadores e a extrapolação da jornada de trabalho, motivo pelo qual escolhemos a agência 21 de Abril”, disse.

“O Sindicato continuará lutando para que a Caixa respeite os empregados e diversas agências ainda receberão a ‘Porta do Inferno’ para expor os abusos cometidos pelo banco”, concluiu o dirigente sindical.

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