Indefinição. Assim está o futuro de muitos bancários da Caixa Econômica Federal, que de forma unilateral, instaurou o processo de reestruturação nas filiais que preocupa a categoria em todo o Brasil.
Indignação. Com esse sentimento, o Sindicato dos Bancários do PA/AP realizou um ato público em frente à agência São Brás, em Belém, na manhã desta quarta-feira (7), com leitura da Carta Aberta dos Empregados sobre essa nova estrutura.
O documento reivindica paralisação imediata da implantação da nova estrutura e exige garantias mínimas aos trabalhadores que já estão sendo afetados pela reestruturação e divulgação do conteúdo integral do modelo, além de negociação para que os bancários possam opinar em relação ao processo.
“Queremos da empresa mais respeito com os empregados, pois não vamos aceitar uma reestruturação no Banco sem que a direção da Caixa discuta conosco os impactos que essa política pode causar aos trabalhadores”, afirma a diretora do Sindicato e empregada da Caixa, Maria Gaia.
A atividade, que aconteceu em âmbito nacional, foi definida após a última rodada de negociação com o banco, realizada em 26 de março, em Brasília (DF), onde nada foi informado, além do que já é de conhecimento de todos: fusão de algumas áreas e extinção de outras.
O próximo encontro entre a Caixa e os representantes dos trabalhadores está previsto para o dia 15 de abril, quando as entidades esperam obter esclarecimentos, bem como garantias de que não haja mudanças de lotação e redução salarial.
Contraf-CUT envia ofício para a Caixa e cobra suspensão da reestruturação
Em ofício à presidenta da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, a Contraf/CUT solicita a imediata suspensão do processo de reestruturação das filiais, medida que vem causando insegurança entre os empregados envolvidos. No documento, a representação nacional dos empregados cobra também esclarecimentos, transparência e discussões sobre os procedimentos adotados.
O ofício da Contraf/CUT cobra ainda informações seguras sobre quais áreas estão incluídas na reestruturação de filiais. As entidades sindicais e os empregados querem saber também quando essa reestruturação terá início, onde serão centralizados os processos e o que acontecerá com os empregados detentores de cargos, entre outros questionamentos.
O documento enviado a Maria Fernanda, nesta terça-feira, sugere a imediata divulgação do conteúdo integral da proposta de reestruturação, a garantia de que os empregados envolvidos e suas famílias não sejam prejudicados e a retomada do processo apenas depois dos empregados das áreas afetadas serem ouvidos em suas sugestões e críticas sobre as propostas de reestruturação.
Por fim, a correspondência da Contraf/CUT lembra que em administrações anteriores eram comuns as modificações estruturais caracterizarem-se por movimentos autoritários e unilaterais. E acrescenta: “Agora, a nosso ver, esse tipo de prática não se coaduna com as diretrizes da atual gestão”.